Jair Bolsonaro (PSL) está matematicamente eleito presidente da República. Com 94,44% dos votos apurados, o candidato do PSL tinha 55,54% dos votos válidos, contra 44,46% de Fernando Haddad (PT).
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Capitão reformado do Exército, 63 anos, Bolsonaro conquistou a simpatia do eleitorado com frases e propostas polêmicas, como a revisão do estatuto de desarmamento. Nestas eleições, o deputado federal desde 1991 elevou seu partido de nanico a uma da maiores siglas da próxima legislatura no Congresso: é o segundo maior em número de deputados federais (52) e elegeu quatro senadores. Como vice, tem como aliado outro militar da reserva, o general Mourão (PRTB).
No primeiro turno, o agora presidente eleito fez 49,2 milhões de votos válidos, o que corresponde a 46,03%.
Bolsonaro passou a tornar público seu projeto de chegar ao Palácio do Planalto depois das eleições de 2014, quando obteve 464 mil votos para permanecer na Câmara, um resultado expressivo para quem apresentava até então votações médias de 100 mil votos. O ponto de inflexão veio da sua aproximação com o pastor Silas Malafaia — que o casou com Michelle, uma ex-assessora do deputado na Câmara — e outros líderes de igrejas evangélicas do Rio. Nos discursos do capitão reformado, a palavra "missão" deixou de ser usada como um jargão de caserna para se referir a uma suposta recomendação divina.
— É uma missão. Eu não sei o motivo de Deus enxergar em mim a possibilidade de mudar o País — disse Bolsonaro, na quinta-feira, a aliados.
Paulista de Glicério, cidade hoje com 4 mil moradores, a 494 quilômetros de São Paulo, Bolsonaro tem cinco filhos de três casamentos. A família já forma uma pequena bancada. O mais velho, Flávio, 37 anos, é deputado estadual no Rio e disputa cadeira no Senado; Carlos, de 35, o mais próximo do pai, é vereador; e Eduardo, de 34, concorre a um novo mandato na Câmara por São Paulo. O presidenciável ainda é pai de Renan, 19 anos, e Laura, de sete.
*Com informações do Estadão Conteúdo.