A busca por foragidos em Caxias do Sul é uma das responsabilidades da Delegacia de Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec). No entanto, nesta semana, a Delegacia de Homicídios divulgou as fotos de três homens procurados por envolvimento em mortes violentas. A intenção é que população possa ajudar e denuncie o paradeiro dos procurados pelos telefones (54) 3238-7728 ou 190.
Leia mais:
Após duplo homicídio, Polícia Civil de Caxias acredita que alvo de facção era outra pessoa
Ação do MP de Santa Catarina apreende drogas e R$ 409 mil em Caxias do Sul
Policiais que mataram quatro suspeitos em Caxias agiram em legítima defesa, conclui inquérito
Os policiais reforçam que não é necessário se identificar para denunciar e toda a informação é bem-vinda. Por outro lado, a Delegacia de Homicídios alerta que dar guarida a foragidos é um crime e, quando descoberto, os proprietários da residência responderão criminalmente.
Procurado possui uma pena total de 26 anos e sete meses
Edson Giovani Macedo Moreira, 30 anos, conhecido como Ranho, foi um dos investigados na Operação Sepultura, deflagrada pela Delegacia de Homicídios em dezembro de 2015 para conter o conflito armado entre dois grupos criminosos pelo domínio no tráfico do bairro Euzébio Beltrão de Queiróz. Conforme a investigação, Moreira fazia parte do bando liderado por Robson Luiz Fiorentina Neto, o Robi, e Cristiana Aparecida Moraes Martins, a Cristianinha, que, na época, detinha a hegemonia do bairro e estava sendo atacado pelo grupo liderado por Eduardo Junior da Rosa, o Foguinho, e Luciano da Silva de Godoi, o Lucianinho. O conflito deixou oito mortos entre agosto de 2015 e maio do ano passado.
Moreira possui dois mandados de prisão contra si, sendo o mais antigo com data de 11 de fevereiro de 2016. Ele foi sentenciado a uma pena total de 26 anos, 7 meses e 6 dias em razão de quatro condenações por roubo, uma por tráfico de entorpecentes e uma por porte ilegal de arma de fogo. A sentença mais antiga é 2009.
Pela Operação Sepultura, ele responde por uma tentativa de homicídio qualificado, junto com Glaucemir Jorge Soares, o Camelo, e Fiorentina Neto. O processo está com audiência marcada para o dia 18 de abril.
Foragido foi indiciado por tiroteio no Beltrão de Queiróz em 2016
Peterson Pereira, 28 anos, também fazia parte do bando de Robson Luiz Fiorentina Neto e Cristiana Aparecida Moraes Martins. O foragido possui dois mandados de prisão contra si, sendo o mais antigo expedido em 11 de fevereiro de 2016 referente a uma tentativa de homicídio qualificado que está com júri marcado para o dia 2 de março.
Conforme a denúncia do Ministério Público (MP), no dia 12 de setembro de 2015, Pereira, Glaucemir Jorge Soares, o Camelo, e Tiago Moraes Maciel, o Sal, acompanhados do adolescente João Vitor Santos da Silva, o Vitinho, tentaram matar Luciano da Silva de Godoi, o Lucianinho, no bairro Euzébio Beltrão de Queiróz.
Na ocasião, os quatro investigados estavam na Rua Henrique Cia e, ao avistarem Godoi, realizaram diversos disparos de arma de fogo. Godoi conseguiu correr do ataque, mas foi atingido por tiros no ombro e punho direito e necessitou de atendimento médico. A denúncia destaca que o ataque colocou em perigo um número indeterminado de pessoas que moram no bairro.
Como João Vitor era adolescente, os três adultos também foram denunciados por corrupção de menores. Cinco meses após o ataque, o adolescente, então com 15 anos, foi assassinado com um tiro na cabeça na mesma Rua Henrique Cia. O principal investigado por esta execução é o próprio Godoi, que já havia tentado matar o rapaz em outras duas oportunidades.
Jovem é acusado de matar o pai no Bom Pastor
Kelvin Canofre Maciel, 24 anos, é acusado de matar o pai no bairro Bom Pastor no dia 10 de dezembro do ano passado e está com a prisão preventiva pela Justiça. A última informação era que o rapaz estava refugiado no mesmo bairro do crime. Na semana passada, os agentes da Delegacia de Homicídios fizeram nova buscas, mas não localizaram Kelvin.
De acordo com a investigação da Delegacia de Homicídios, Kelvin é usuário de drogas e estava transtornado no dia do crime. Ele teve o carro apreendido durante uma blitz e procurou o pai em busca de dinheiro para retirar o automóvel do guincho. Os dois discutiram e rapaz atirou quatro vezes contra o pai, Paulino Rodrigues Maciel, 48,.
Na casa, na Rua Derni Bueno, Bom Pastor, também estavam a avó e a madrasta de Kelvin, que presenciaram o crime. O rapaz atirou na direção da madrasta também, mas a mulher não foi atingida. Após o crime, Kelvin fugiu e não foi mais encontrado.
O inquérito sobre o caso deverá ser concluído ainda nesta semana e Kelvin será indiciado por homicídio qualificado por recurso que dificultou defesa da vítima e a tentativa de homicídio contra a madrasta. O procurado também possui antecedentes policiais por tentativa de latrocínio, porte de arma, receptação e tráfico de drogas.