A equipe de campanha de Donald Trump insistiu neste domingo que foi Hillary Clinton que difundiu que Barack Obama não havia nascido nos Estados Unidos, dois dias depois que o candidato republicano reconheceu a nacionalidade americana do presidente.
"Primeiro, isso começou com a campanha de Hillary Clinton", disse a diretora da campanha de Trump, Kellyanne Conway, em uma entrevista no programa "Face the Nation" da rede de televisão CBS.
"Segundo, foi Donald Trump que pôs fim ao assunto, quando conseguiu que o presidente Obama publicasse seu certificado de nascimento anos depois. E, número três, ele disse que 'o presidente Obama nasceu neste país. Ponto", acrescentou.
Trump manteve durante anos a teoria de que Obama nasceu no Quênia, não tendo, portanto, o direito de ser presidente dos Estados Unidos. Mas na sexta-feira, em um ato de campanha em Washington com grande cobertura televisiva, o republicano desmentiu a teoria, atribuindo-a a Hillary Clinton.
"Sua campanha de 2008 começou a controvérsia. Eu a liquidei", afirmou o magnata, referindo-se às eleições primárias democratas, em que Hillary e Obama disputaram a candidatura à presidência do partido.
Mike Pence, companheiro de chapa de Trump, também disse que o reconhecimento do candidato republicano de sexta-feira sobre o nascimento de Obama nos Estados Unidos põe fim ao debate.
"Donald Trump se concentrou em assuntos que interessam de verdade aos americanos", disse ao programa da ABC "This Week". "Pôs fim ao assunto nesta semana".
O presidente Obama se referiu ao tema em um ato na noite de sábado, quando disse se sentir aliviado por, no fim de sua presidência, "isso ser resolvido".
"Na verdade é um impulso para mim na reta final", disse. "Outra notícia de última hora: o mundo é redondo, não plano", ironizou.
* AFP