Correção: a Rota do Sol será apenas monitorada e não parcialmente bloqueada, como publicado entre as 17h08min e as 20h15min desta sexta-feira (17). A informação equivocada partiu do Daer. O texto já foi corrigido.
O Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (Daer) determinou o monitoramento da Rota do Sol, em Caxias do Sul, nesta sexta-feira (17) por risco de deslizamento de terra. O trecho, que está sendo acompanhado pelo comando rodoviário, fica no km 158 da RS-453, na região de Vila Seca. Durante o monitoramento da rodovia, caso haja novo deslocamento de material na encosta, o tráfego será totalmente bloqueado.
Segundo o secretário de Logística e Transportes do Estado, Juvir Costella, durante uma vistoria feita por equipe técnica do Daer em conjunto com o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), ficou determinada a interrupção provisória do fluxo normal do trânsito no local. A orientação é de que os motoristas trafeguem em velocidade reduzida para evitar qualquer movimento do solo.
Em entrevista ao Show dos Esportes da rádio Gaúcha Serra nesta quinta-feira (16), o presidente em exercício do Samae, Ângelo Barcarolo, voltou a afirmar que há risco iminente de desmoronamento da encosta.
Ainda segundo o Daer, para o fluxo em meia pista, equipes do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) devem fazer o policiamento do local e prestar orientações aos motoristas.
Risco de deslizamento
Na região do km 158 fica uma adutora que transporta água da estação de tratamento até a área urbana de Caxias e sofreu três rompimentos devido ao deslocamento de terra.
Além de possíveis prejuízos no abastecimento de água e no trânsito da Rota do Sol, o risco de deslizamento também exigiu a interdição de duas casas. Os imóveis ficam no topo do terreno, no entorno da área onde apareceram as rachaduras que denunciam a instabilidade do solo.
Além de remover as famílias, o pedido é para que ninguém se aproxime da região. A interrupção do fornecimento de energia, por conta do risco de queda de uma torre instalada no terreno que está cedendo, foi descartada CGT Eletrosul.
Na manhã desta sexta-feira (17), equipes do Samae trabalharam na implantação de lonas sobre a encosta para minimizar a absorção de água pelo solo. O trabalho integra as medidas paliativas que têm sido adotadas para evitar a queda do material. Ações definitivas para conter o terreno dependem da parada da chuva e da estabilização do local.
A área instável é equivalente a três campos de futebol. Já o volume de material que pode deslizar é estimado entre 300 mil e 350 mil metros cúbicos, o que seria necessário entre 20 mil e 25 mil viagens de caminhão para remover totalmente. A estimativa é que para dar conta do trabalho seriam necessários entre 15 e 20 dias.
Novas adutoras e monitoramento
O Samae iniciou nesta sexta a implantação de uma rede adutora de 600 milímetros de diâmetro, na área de domínio da Rota do Sol, mas do lado oposto da área afetada pelos deslizamentos. O objetivo é garantir o abastecimento dos bairros abrangidos pelo Sistema Marrecas. Outra ação que a autarquia deve adotar a médio e longo prazo é a implantação de uma nova rede adutora de 600 milímetros que interligará os Sistemas Marrecas e Faxinal.
Além disso, o Samae está implantando uma rede de monitoramento, em tempo real, para acompanhar o movimento de ruptura da área e a evolução do terreno. Esse monitoramento também servirá para maior segurança dos técnicos e dos servidores que estão trabalhando no local.