Além de possíveis prejuízos no abastecimento de água e no trânsito da Rota do Sol, o risco de deslizamento de uma encosta no km 158 da rodovia, em Vila Seca, em Caxias do Sul, também exigiu a interdição de duas casas. Os imóveis ficam no topo do terreno, no entorno da área onde apareceram as rachaduras que denunciam a instabilidade do solo.
Além de remover as famílias, o pedido é para que ninguém se aproxime da região.
— As casas já foram desocupadas, não tem mais ninguém morando nelas. Uma já está em processo de queda, porque a ruptura está bem alinhada com ela, e a outra está no meio da área onde está acontecendo (o desprendimento do solo) — relata Elton Boldo, diretor da Garden Engenharia, empresa contratada pelo Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) para consultoria geotécnica.
Na manhã desta sexta-feira (17), equipes do Samae trabalharam na implantação de lonas sobre a encosta para minimizar a absorção de água pelo solo. O trabalho integra as medidas paliativas que têm sido adotadas para evitar a queda do material. Ações definitivas para conter o terreno dependem da parada da chuva e da estabilização da área.
Técnicos do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) também realizaram uma inspeção na manhã desta sexta. O objetivo foi avaliar a necessidade de interdição da rodovia para evitar acidentes. A decisão do órgão rodoviário é esperada para a tarde desta sexta-feira.
A área instável da encosta é equivalente a três campos de futebol. Já o volume de material que pode deslizar é estimado entre 300 mil e 350 mil metros cúbicos, o que seria necessário entre 20 mil e 25 mil viagens de caminhão para remover totalmente. A estimativa é que para dar conta do trabalho seriam necessários entre 15 e 20 dias.