O Gramadozoo reproduziu, pela primeira vez, filhotes de araras e emas por meio de incubação artificial. Os primeiros três filhotes de emas nasceram entre os dias 17 e 27 de outubro. Já nos dias 30 e 31 do mesmo mês foi a vez de dois filhotes de araras-canindé. Agora em dezembro, entre os dias 6 e 8, outros dois filhotes de arara. Os ovos férteis foram retirados dos recintos e colocados na incubadora do hospital veterinário, instalada neste ano.
Conforme o veterinário Jorge Lima, responsável técnico do Gramadozoo, o parque teve sucesso na reprodução das duas espécies. Mesmo assim, destaca que os nascimentos são mais difíceis de serem registrados de forma natural:
— Na incubadora, conseguimos controlar a temperatura e a umidade. Enquanto a temperatura média na chocadeira fica na casa dos 37,5° C, a umidade deve variar entre 45% e 50%. São fatores fundamentais para a reprodução e, de forma natural, é mais complexo para fazer o controle.
Segundo Lima, os filhotes de araras exigem mais cuidados, uma vez que necessitam de alimentação, aquecimento e cuidados parentais.
— Os filhotes de araras exigem mais cuidados por serem altriciais, porque nascem de olhos fechados e vivem no ninho até atingir a maturidade. Já as emas são diferentes. São precociais, ou seja, são filhotes independentes, que nascem com olhos abertos e começam a caminhar cedo — explicou as diferenças.
O médico veterinário do Gramadozoo ainda destaca que filhotes recém-nascidos recebem alimento conforme esvazia o papo. Já os filhotes que nasceram primeiro, que estão com cerca 45 dias de vida, recebem alimentação três vezes ao dia.