Nesta quarta-feira (1º) iniciou, no turno da tarde, uma formação técnica na área de Logística na Escola Estadual Santa Catarina, em Caxias do Sul. O projeto piloto é voltado para alunos do 2º ano do Ensino Médio, que estudam na parte da manhã as disciplinas curriculares normais e, durante a tarde, desejam permanecer na escola para ampliação do conhecimento. A formação é certificada pelo Centro Tecnológico Universidade de Caxias do Sul (Cetec-UCS).
Os 10 alunos que iniciaram a formação vão estudar das 13h30min às 17h, nas quartas e sextas-feiras. Após as aulas da manhã, eles permanecem no Santa, almoçam e retornam para a sala de aula. Na primeira hora da tarde, a professora do Cetec, Francine Corso Vergani, passará noções de comportamento no âmbito educacional, familiar e profissional, voltado ao tema de Recursos Humanos. Das 14h30min em diante, a também professora do Cetec, Beatriz Catherina Messinger Bassotto, destacará assuntos de administração, logística, produção e demais temas relacionados.
De acordo com a coordenadora dos cursos técnicos do Cetec, Viviane Patrícia Dambrós, o curso tem duração de dois anos e é dividido em duas certificações.
— O primeiro ano terá 267 horas, com certificação de Auxiliar de Logística. No ano que vem, dobra a carga horária, para 460 horas, e o curso será para Assistente de Logística.
Ela destaca que os alunos terão aulas teóricas no Santa Catarina e no Cetec, além de visitas técnicas a empresas caxienses. A coordenadora comenta ainda que o setor de logística abrange todos os segmentos. Por isso, existe a expectativa de que os alunos saiam do curso com um estágio na área.
A escola, por meio da diretora Flavia Schefelbanis, fará a divulgação da oportunidade de formação técnica, auxiliando também os alunos que desejam mudar de turno escolar para ter acesso à formação, já que inicialmente ela ocorre apenas para aqueles que estudam no período da manhã ou noite na instituição. A capacidade do curso é atender até 30 alunos anualmente.
Alunos do Santa Catarina escolheram o segmento de logística para o curso de formação
A 4ª Coordenadoria de Educação (4ª CRE) está participando de um projeto em nível estadual, onde uma instituição de cada coordenadoria deve oferecer esse contraturno. O projeto faz parte do Qualifica Mais, programa do Governo do Rio Grande do Sul. A primeira parceria em Caxias do Sul foi com o Sest/Senat. Então, pela proximidade, centralidade e quantidade de alunos, o Santa Catarina foi escolhido para protagonizar o projeto. Porém, ainda no final do ano passado ocorreu o corte de verbas.
Diante da negativa, a 4ª CRE e a Superintendência da Educação Profissional (Suepro) procuraram uma nova parceria, desta vez com o Cetec-UCS, sendo possível dar andamento a formação. As representantes Catiuscia Nagel, coordenadora pedagógica da 4ª CRE, e Vanessa Dietrich, interlocutora da Suepro, comentaram que os alunos foram apresentados a diversas linhas de formação, mas a Logística foi a mais votada.
O aluno do Santa, Matheus de Oliveira Adamatti, 16 anos, morador do bairro Pio X, pesquisou antecipadamente e escolheu a logística para que, no futuro, possa ingressar no mercado de trabalho já preparado.
— Eu acho que vai ser muito bom, muito empolgante no início, conheci as professoras agora, mas já vi que elas são legais e vão ensinar bem. Eu acho essa área de logística bem interessante, já tinha pesquisado antes e esse é um dos motivos para eu começar o curso.
A moradora do bairro Santa Justina e também aluna do Santa, Carla Vitória Rosa, 17, comenta que estudar o dia todo pode ser cansativo no começo, mas que a oportunidade irá agregar no futuro.
— Achei um bom projeto e não queria perder essa oportunidade, que vai ser benéfica para o meu futuro. Escolhi a logística porque eu gosto de matemática e ela apresenta bastante disso. Além disso, engloba qualquer área que eu queira seguir depois de profissão.
Flavia Schefelbanis, diretora da escola, se sente orgulhosa em ter o Santa Catarina escolhido para ser a primeira instituição de Caxias a receber o projeto. Ela garante que vai ficar atenta para que os alunos, seis meninos e quatro meninas, não desistam e o projeto possa servir de referência para outras escolas do município nos próximos anos.