Para reforçar a segurança de Caxias do Sul, dois guardas municipais da cidade se deslocaram a Chapecó (SC) para realizar um curso de Cinotecnia, que se trata de um conjunto de conhecimentos e técnicas relacionados à criação selecionada, manejo e treinamento de cães. Para o treinamento, os agentes foram acompanhados de dois pastores belgas malinois, que foram treinados para guarda e proteção e faro de entorpecentes e armas.
Alexandre Rodriguez Silveira e Emanuel Robson Dias viajaram para Santa Catarina acompanhados dos cães Tango e Radja. Os participantes eram oriundos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Goiás. Ao longo das cem horas de curso, os agentes contaram com ensinamentos sobre a história do homem com o cão; como selecionar o cão; ambientação e socialização; adestramento e virtudes de um adestrador. As aulas foram ministradas pelo cabo da Polícia Militar do Estado de Santa Catarina Edemar Luiz da Silva. O curso foi elaborado pela UnoChapecó em parceria com a Guarda Municipal de Chapecó.
De acordo com Silveira, um dos tópicos que mais chamou a atenção foi a busca por pessoas desaparecidas.
— O nosso cão Radja já estava sendo treinado para esse fim (busca por desaparecidos) e inclusive ajudou na busca aqui em Caxias do Sul, no mês passado, de um rapaz desaparecido na represa Maestra. O rapaz foi encontrado pelos bombeiros no local indicado pelo cão, dentro da represa — lembrou Silveira.
A Guarda de Caxias possui um canil há aproximadamente dois anos. Os três cachorros foram doados pela comunidade. Um deles, inclusive, é utilizado durante visitas a asilos e casas lares. Além de farejar armas e entorpecentes, os cães participam de ações como proteção durante jogos de futebol e abordagens.
—A gente participa do patrulhamento das cercanias e com as torcidas organizadas. Só os cães latindo já afastam o pessoal. Um cão, se bem empregado, vale por 30 pessoas. Esse número de pessoas não encara um cachorro na coleira. Utilizamos eles também durante as abordagens nas blitze, porque o cão cria aquela tensão e deixa a pessoa sem reação, facilitando o nosso trabalho — destacou o agente.