A Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) voltou atrás da decisão de limitar o tráfego e caminhões com mais de três eixos vão seguir acessando a nova alça na RS-122 no sentido Flores da Cunha - Caxias do Sul. Uma placa com a medida chegou a ser instalada, mas está coberta e, segundo a EGR, será retirada do local.
Inaugurada no final de novembro, a alça de 668 metros de extensão dá acesso ao trecho urbano da Rota do Sol. No entanto, seu traçado íngreme e em curva tem dificultado a manobra de caminhões mais pesados.
Desde a liberação, a alça é alvo de reclamação de motoristas e representantes de empresas pela dificuldade dos caminhões em vencer o trecho. Para solucionar o problema a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), responsável pela obra, decidiu suspender provisoriamente a passagem de caminhões acima de três eixos. A decisão ocorreu após uma visita técnica que avaliou o novo trajeto.
Além da placa que informava sobre a limitação do tráfego, outras duas foram instaladas e alertam para o aclive e necessidade de redução da marcha. Essas, no entendimento da EGR, bastaram para que os motoristas não tenham mais problemas em acessar à RS-453.
Nesta quinta-feira (22), a EGR confirmou que, após analisar o comportamento do trânsito com a nova sinalização, irá declinar da limitação de tráfego e retirar a placa que limitaria o acesso à veículos de três eixos.
— Com a orientação das placas que informam os motoristas do aclive e para que trafeguem com marcha reduzida, os veículos começaram a ter sucesso na subida. Os veículos maiores, tomando consciência dessa manobra, acabam não tendo mais problemas pois o raio da curva é suficiente também para articulados de nove eixos, por exemplo — explicou o diretor técnico da EGR, Luis Fernando Vanacôr.
Ainda de acordo com Vanacôr, caminhoneiros e demais motoristas entenderam como trafegar no novo trecho. A decisão da EGR, no entanto, segue tendo a desconfiança de quem observa o trânsito diariamente no local. Adão da Cruz Oliveira, 71, mora às margens da Rota do Sol há cinco anos e tem opinião clara sobre o assunto.
— Ficou muito inclinado, quando chegam na metade do morro não conseguem fazer a marcha a vencer. Ai, tem que voltar de ré para começar de novo e acaba congestionando quem vem atrás. Acontece toda hora — contou Oliveira.