As três locomotivas e o vagão danificado do trem que descarrilou na Ferrovia do Trigo, em Guaporé, foram retirados dos trilhos pela empresa Rumo Logística na quarta-feira (23). Os outros 44 vagões carregados de combustível haviam sido retirados da ferrovia ainda na terça-feira (22). A carga foi levada para Muçum.
Nos 45 vagões eram transportados, ao todo, 3 milhões de litros de gasolina, sendo que 60 mil litros de combustível transportados no vagão danificado teriam vazado após o descarrilamento. O acidente com o trem ocorreu no km 50 da ferrovia, na localidade de Ernesto Alves.
Equipes da Fundação Estadual de Proteção ao Meio Ambiente (Fepam) seguem no local para conter o vazamento de combustível.
— As outras duas estão tombadas do lado da via para liberar a passagem e o vagão foi retirado e colocado também na lateral. Depois vai ter que fazer a remoção de solo, alguma coisa no local, no lugar da linha, mas a prioridade agora é no arroio mesmo — ressalta o engenheiro Rafael Volquind, integrante da equipe de emergência da Fepam.
Ainda de acordo com ele foram colocadas mais barreiras ao longo do arroio. A ideia é tentar evitar ou restringir que o combustível que vazou para um arroio chegue ao Rio Guaporé.
Nota da Fepam
"Conforme informações dos analistas, somente um vagão foi perfurado pela locomotiva. A gasolina vazou em um local de difícil acesso. No córrego, foram instaladas barreiras de contenção e absorventes. As frentes de trabalho ficarão concentradas em dois pontos: junto ao local do acidente onde uma contenção com barreiras e turfa (vão tentar construir um separador água e óleo no próprio arroio) e outro ponto na foz junto ao Rio Guaporé. A previsão é de 20 dias de trabalho."