Os 44 vagões carregados de combustível que bloqueavam parte da Ferrovia do Trigo, em Guaporé, já foram retirados pela empresa Rumo Logística na manhã desta terça-feira (22). Eles estavam parados onde três locomotivas e um vagão descarrilaram no começo da manhã de segunda-feira (21). O acidente ocorreu no km 50 da ferrovia, na localidade de Ernesto Alves e, segundo a Rumo, que transportava o combustível de Canoas a Passo Fundo, ninguém ficou ferido.
A carga foi levada ainda no início da manhã para Muçum. Uma equipe de resgate trabalha na retirada das locomotivas descarriladas e do vagão danificado. Para que o trem volte ao trilho, um guindaste ferroviário está sendo utilizado. Retroescavadeiras também trabalham no local e fazem a remoção de terra e alargamento dos acessos para possibilitar os trabalhos. Equipes da Fundação Estadual de Proteção ao Meio Ambiente (Fepam) também estão no local para conter o vazamento de combustível e não deixar que ele contamine um córrego que passa próximo da ferrovia.
Todos os 60 mil litros de combustível acomodados no vagão danificado teriam vazado após o descarrilamento. A reportagem foi impedida por um funcionário da Rumo de chegar ao local por segurança.
Em nota, a Fepam se manifestou sobre o ocorrido:
"Conforme informações dos analistas, somente um vagão foi perfurado pela locomotiva. A gasolina vazou em um local de difícil acesso. No córrego, foram instaladas barreiras de contenção e absorventes. As frentes de trabalho ficarão concentradas em dois pontos: junto ao local do acidente onde uma contenção com barreiras e turfa (vão tentar construir um separador água e óleo no próprio arroio) e outro ponto na foz junto ao Rio Guaporé. A previsão é de 20 dias de trabalho."