Mesmo após a assinatura de contrato com a Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca), movimento que faltava para a reposição de profissionais responsáveis pela merenda e higienização nas escolas municipais de Caxias do Sul, algumas instituições seguem sem o quadro completo nesta quinta-feira (14).
A representante das equipes diretivas das escolas municipais, Angela Honorato, não tem um levantamento de quantas escolas já receberam os profissionais, mas afirmou que o quadro está ainda incompleto. As férias escolares se iniciam nesta sexta-feira (15).
— Ainda estão chamando, nem todas escolas estão com merendeiras e muitas ainda estão aguardando as higienizadoras — disse a representante nesta manhã.
Um dos casos verificados pela reportagem foi o da Escola Rosário de São Francisco, do bairro Charqueadas, que teve reposição de merendeira nesta quinta-feira, mas ainda registra falta de três higienizadores.
— Agora durante as férias a gente sempre faz um faxinão intensivo de tirar classe, cortina, limpar parede e não temos ninguém, não sabemos como vai funcionar neste período de férias. Por enquanto, professores e pais de alunos estão ajudando na limpeza — relata a diretora Liange Finardi.
A reposição de profissionais começou ainda no dia seguinte à assinatura dos contratos entre a prefeitura e a Codeca, que assume a gestão das profissionais designadas à rede municipal. Conforme divulgado pela prefeitura, profissionais da merenda aprovados no processo seletivo feito pela empresa seriam os primeiros a assumirem os postos de trabalho, mas até a manhã desta quinta-feira o quadro ainda não estava completo nas escolas.
Na EMEF João de Zorzi, provisoriamente instalada na Escola Estadual de Ensino Médio Evaristo de Antoni, no bairro São José, uma merendeira de 44h semanais assumiu nesta quinta-feira, mas, segundo a direção — que nos últimos dias vinha se responsabilizando pela preparação da merenda — ainda faltam duas pessoas para cumprirem 44 horas e 22 horas semanais.
Desde o dia 1º de julho, quando foram desligadas da GFG Recursos Humanos, as merendeiras e higienizadoras que seguiram trabalhando nas escolas não tiveram formalização trabalhista, com carteira assinada. A Smed afirma que a prefeitura já antecipou valores correspondentes aos vales alimentação (VA) e transporte (VT) e confirma que serão pagos os dias trabalhados durante o período de transição. A prefeitura afirma, ainda, que cada caso terá análise e encaminhamento individual. O sindicato que representa a categoria, o Sindilimp, informou que pretende abrir uma ação judicial para a garantia destes pagamentos, que ainda não têm previsão para ocorrer.
Procurada nesta manhã pela reportagem, via assessoria de imprensa, a Codeca ainda não confirmou se a formalização já foi iniciada ou quando ela deverá ser concluída.