Escolas municipais de Caxias do Sul trabalham nesta sexta-feira (1º) sem merenda e sem limpeza. Isso porque a maioria das funcionárias que realizam o serviço participam de uma manifestação em frente à secretaria da Educação, na Rua Borges de Medeiros. O protesto ocorre após o fim do contrato com a empresa que prestava os serviços para o município. O encerramento com a empresa GFG se deu após o anúncio de que a Codeca assumiria os serviços nas escolas municipais.
A nova empregadora está fazendo a contratação de 432 novos profissionais que vão atuar exclusivamente na preparação das refeições para estudantes e professores e na realização da limpeza das escolas municipais de Caxias do Sul. Mas agora, de acordo com o Sindilimp, que representa a categoria, o contrato com a antiga empresa terceirizada foi encerrado e nenhum outro foi elaborado para manter o emprego das funcionárias.
A indignação é de que, nesta sexta-feira, merendeiras e funcionárias da limpeza trabalhariam de graça e sem contrato.
— Ontem (quinta-feira) acabou nosso contrato da GFG e a Secretaria da Educação quer que a gente siga trabalhando sem pagamento e sem vale transporte. Hoje (sexta) se estivéssemos trabalhando estaríamos fazendo caridade — desabafou a merendeira Gislaine Farias Fernandes, 34, que trabalha há dois anos na Escola Basílio Tcacenco, no bairro Esplanada
O Sindilimp solicitou a posição do município em relação ao formato da rescisão que foi feita com a empresa GFG. Segundo o presidente da entidade, Henrique Silva, a empresa não se manifesta e há um mês todas as negociações são feitas de forma judicial.
— Hoje (sexta) já deveria ter entrado uma outra empresa, o pessoal não têm vale transporte e vale refeição. Nós entramos com uma ação para garantir o salário do mês de junho, que não tem depósito ainda por parte da prefeitura — explicou.
A falta de garantias é a maior preocupação da merendeira Ana Carla Duarte Montemor, 34 anos, que trabalha na Escola Marianinha de Queiroz, no bairro São Cristóvão.
— Nós queremos saber do que já fizemos, do nosso papel como funcionárias da escola até então. Não temos garantias se vamos receber, se vamos ter rescisão, ou se aquelas que não foram contempladas pela Codeca se terão rescisão.
Por volta das 10h30min, a secretaria de Educação recebeu os líderes sindicais para uma reunião que deve definir o futuro das merendeiras. A assessoria de imprensa da prefeitura informou que o Poder Executivo só irá se manifestar após o fim do encontro.