Em nota para imprensa, o Ministério das Relações Exteriores afirma ter recebido, por meio da Embaixada do Brasil em Kiev, a confirmação do falecimento do gaúcho Douglas Búrigo, morador de São José dos Ausentes, e de Thalita do Valle. Os brasileiros estavam no mesmo pelotão, que foi bombardeado na região de Kharkiv, na Ucrânia, em 1º de julho.
O Itamaraty afirma ainda que “mantém contato com familiares para prestar-lhes toda a assistência cabível, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local”. O ministério explica ainda que pode prestar orientações para as famílias, apoiar em contato com autoridades locais e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito.
Porém, conforme a nota, “o traslado dos restos mortais de brasileiros falecidos no exterior é decisão da família". O Ministério determina que "não há previsão regulamentar e orçamentária" para o pagamento do transporte do corpo de Douglas com recursos públicos.
O Ministério das Relações Exteriores encerra a nota afirmando que “continua a desaconselhar enfaticamente deslocamentos de brasileiros à Ucrânia, enquanto não houver condições de segurança suficientes no país”.
O gaúcho foi para a guerra da Ucrânia no dia 22 de maio. De acordo com familiares, Douglas queria ajudar as vítimas do conflito do país com a Rússia. A morte foi inicialmente confirmada pela família de Douglas.
Em São José dos Ausentes, Douglas tinha uma borracharia com loja de pneus. Antes, o gaúcho tinha sido caminhoneiro e serviu ao Exército em Uruguaiana. A vítima do conflito no Leste Europeu deixa uma filha de 15 anos.