Foi sepultada na tarde desta terça-feira (13), em Caxias do Sul, uma das moradoras mais antigas da Avenida Júlio de Castilhos. Residente do Edifício Ettore Lazzarotto desde os anos de 1960, Clary Mariana Lazzarotto Michielon, 100 anos, foi testemunha da evolução do centro da cidade. Ela faleceu na segunda-feira (12), após complicações originadas por uma pneumonia.
Em outubro do ano passado, o centenário de dona Clary foi tema da coluna Memória, assinada pelo jornalista Rodrigo Lopes. A cerimônia de despedida e sepultamento ocorreram no Cemitério Público de Caxias do Sul, às 16h desta terça.
— Ela era o centro de tudo. Foi uma mulher muito dedicada à família, muito amorosa, muito alegre. Viveu a vida com intensidade, sempre muito faceira, procurando fazer o melhor para todos — destaca Lilia Dambros Michielon, uma das noras de Clary.
Primogênita do casal Ettore Lazzarotto e Adélia Triches Lazzarotto, Clary nasceu na antiga Sétima Légua de Caxias, entre os bairros Santa Catarina e Marechal Floriano. Ela completaria 101 anos em 8 de agosto.
Da união com Nelson Dante Michielon nasceram quatro filhos: Sergio, Raul, Neusa e Roberto, que lhe deram sete netos (Marcelo, Henrique e Olavo, filhos de Sergio e Adriana Sassi), André e Gustavo (filhos de Raul e Lilia Dambros) e Roberto e Gabriela (filhos de Roberto e Maria Regina Souza). A família é composta ainda por sete bisnetos: Lucas, Júlia, Eduardo, Manuela, Theodora, Stella e Rafael.
À coluna, no ano passado, dona Clary deu a receita para a longevidade:
– Eu só tenho a agradecer. Nossa família foi muito feliz – comentou.