O distrito de Fazenda Souza sedia nesta quinta-feira (8) mais uma Festa Litúrgica em honra ao primeiro beato da Diocese de Caxias do Sul, padre João Schiavo. A celebração será presidida pelo bispo Dom José Gislon, às 18h, na capela que leva o nome do homenageado e onde o padre encontra-se sepultado. A data marca o dia do nascimento de João Schiavo — 8 de julho de 1903.
Nesta quarta-feira (7) ocorre, ainda, o último dia do Tríduo, que teve início na segunda-feira (5). O tradicional almoço que integra a programação festiva, que chegou a ser suspenso no ano passado, será retomado neste domingo (11), no formato "pague e leve". As 200 fichas disponibilizadas já estão esgotadas. Com público limitado em função da pandemia, todas as celebrações que ocorrem na capela contam com transmissão ao vivo pela página criada em homenagem ao padre João Schiavo no Facebook.
— No ano passado, realizamos uma celebração interna, por conta da pandemia. Naquele momento também não tínhamos ponto de internet e nem aparelho para realizar a transmissão. Neste ano, conseguimos adaptar e as pessoas estão podendo acompanhar pela internet — relata Maria Isabel Demoliner Susin, que integra a diretoria da Associação dos Amigos do Padre João Schiavo.
A beatificação do padre italiano radicado no Brasil, que atuou em Caxias do Sul, ocorreu em 28 de outubro de 2017, em uma celebração aguardada por 16 anos, a partir do encaminhamento do processo junto ao Vaticano. De acordo com a associação, reconhecido como beato, o próximo passo seria a canonização, que o consagraria como santo. Para isso, é necessária a abertura de um novo processo, com milagres atribuídos a ele, que atendam os critérios da Igreja Católica.
— Ele pode ser venerado como beato e, por enquanto, ainda não temos previsão da abertura de um novo processo, até por conta da pandemia. Existem muitos milagres, especialmente relacionados a questões de saúde, mas precisamos escolher um e ir atrás de toda documentação e comprovação necessária. A beatificação foi uma grande conquista, não apenas pelo título, mas pra que o padre ficasse como um exemplo de vida — explica Maria Isabel, que integra a associação com mais de 50 associados.
Segundo ela, desde que foi sepultado, em 1967, o padre é motivo de romarias e outros eventos realizados por devotos no local onde posteriormente foi construída a capela em sua homenagem.