A Serra gaúcha, assim como todo o Rio Grande do Sul, permanece em bandeira preta até o dia 3 de maio, sem a possibilidade de recursos. Ainda assim, a cogestão está liberada e com algumas restrições que não alcançam o mesmo patamar da classificação vermelha. Existe redução em todos os índices analisados pelo governo do Estado, mas a relação de leitos de UTI livres para cada um ocupado por paciente positivo do coronavírus alerta para grande pressão no sistema de saúde.
A macrorregião da Serra vai para 10ª semana consecutiva classificada como de risco altíssimo. Os números apresentam melhoras em todos os quadros, sempre ressaltando que o comparativo é em relação ao pico alcançado no mês de março. O principal fator que leva à bandeira preta ainda é a pressão no sistema de saúde. Mesmo com queda de 14.88% nas internações, passando de 263 para 224 pacientes, a relação de vagas para leitos ocupados em tratamento crítico está em 0,21. Para atingir bandeira vermelha é preciso que esse índice supere 0,35. O ponto alentador é que esse número vem em crescimento, pois há uma semana estava em 0,09.
A projeção do Comitê de Dados do governo do Estado é de mais 55 mortes no próximo período de análise. Seria o número mais baixo desde fevereiro, quando a região foi classificada como de risco altíssimo para o contágio do coronavírus. O detalhe é que na média ponderada, a Serra poderá sair de bandeira preta direto para laranja, desde que os níveis de pressão sobre os hospitais reduza consideravelmente na próxima semana. A possibilidade ganha força porque a região registrou pela segunda semana consecutiva a média de 1,50.