Antecipando a decisão do governador Eduardo Leite, o prefeito de Gramado, Nestor Tissot, decretou bandeira preta a partir desta sexta-feira (26). Os demais municípios do Estado seguirão as regras a partir de sábado.
— A contaminação nos pegou de surpresa e a situação se agravou muito. Por isso, adotamos a bandeira preta conforme o regramento estadual. Só os serviços básicos que estão funcionando e os demais com muita pouca movimentação — destaca o prefeito Nestor.
No município, a comunidade está sendo orientada por meio dos veículos de imprensa e carros de som nas ruas. Serão contratados mais profissionais de saúde tanto para o setor privado quanto para o público, conforme Tissot. Ele alerta que nesse momento a doença está atingindo pessoas de todas as idades. Ainda não há um número de profissionais que serão contratados, mas Tissot alerta que vai depender da demanda e da oferta na região.
— As barreiras sanitárias voltarão para acompanhar toda a entrada de pessoas na cidade. Buscaremos apoio da Brigada Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária. Temos que conscientizar a população, para que cumpra os protocolos de distanciamento, uso do álcool gel, evitar aglomeração e sair de casa só se for muito necessário.
O município tem um quadro de 1,5 mil funcionários, destes, 30% estão com covid-19 e uma porcentagem está em casa por conta do risco. O prefeito acredita que serão agregadas à fiscalização da saúde cerca de 30 pessoas. Foram recrutados enfermeiros dos postos dos bairros para as tendas e o município conseguiu cerca de 15 leitos clínicos.
Páscoa
Ao ser questionado sobre a programação de Páscoa, o prefeito afirma que o risco de cancelamento é evidente. Ainda, segundo ele, os eventos públicos e privados do primeiro semestre já tinham sido remanejados para o segundo.
— A rede hoteleira e comércio serão atingidos e isso fará com que a população visitante nem exista. É um caos, o turismo que vive da visitação e praticamente não haverá movimento. É uma medida extrema, muito difícil. Percebemos que precisamos recuperar a economia, os empregos, é difícil, mas a saúde, nesse momento, tem que ser preservada de todas as formas.