O final de 2020 foi bem atípico e turbulento para o gerente comercial caxiense Cassiano Câmara Guisolfi, 33 anos. Na véspera do Natal, Guisolfi e a esposa Ana Caren, 33, tiveram a confirmação do diagnóstico de covid-19. Como a companheira estava gestante, o casal procurou a médica, que solicitou exames. Com a análise de que ela estava perdendo muito líquido, o bebê precisou nascer em poucas horas, e na tarde do dia 26 de dezembro, chegou ao mundo o primeiro filho do casal, João Guilherme.
Mediante a pandemia e por estar positivo para o vírus, o caxiense só pôde ver o filho recém nascido por trás de um vidro. Apesar da alegria e emoção, na mesma noite, Guisolfi começou a sentir falta de ar e precisou ser internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e entubado. Ficou internado por 18 dias. O paciente estava com um pulmão totalmente comprometido e o outro parcialmente.
Na segunda quinzena de janeiro, Guisolfi saiu da UTI para seguir o tratamento no quarto, mas em função de outras complicações, conseguiu ter alta hospitalar apenas na última sexta-feira (12). A primeira coisa que quis fazer ao ser liberado foi curtir e pegar o filho no colo pela primeira vez.
— A sensação após a saída do hospital foi a melhor possível. Passei muitos dias (internado), alguns bem complicados, a questão de entubação, os boletins médicos não davam notícias muito boas, porque a minha situação era grave. Quando sai do hospital, pude ver meu filho e a minha esposa, foi a melhor sensação possível, não tem como descrever a alegria que foi. Foi uma situação que passamos e podemos tirar um aprendizado. Agora está tudo se encaminhando aos poucos, estou conseguindo curtir o meu filho e a minha família. Recebi uma segunda chance para poder criar meu filho e poder estar presente nessa jornada dele — comemora Guisolfi.
O caxiense também faz um alerta de que a covid-19 é uma doença séria e a população não deve ignorar os cuidados e protocolos sanitários de enfrentamento.
— Algumas pessoas podem até subestimar a questão do contágio e pensar que se pegar vai passar bem. Que se cuidem bem, porque ela é uma doença silenciosa, quando a pessoa vai buscar ajuda, já pode estar bem comprometida a situação. Foi o que aconteceu comigo. O alerta fica para que se cuidem, porque é uma doença muito grave e pode acabar ceifando a vida da pessoa — avisa.