As perfurações, uma das etapas mais importantes e difíceis do trabalho de remoção de rochas do alto da encosta no km 43 da RS-122, em Farroupilha, podem ser concluídas nesta terça-feira (3). A expectativa é otimista por parte da equipe porque, dos cerca de 60 furos que serão necessários para a colocação de explosivos, apenas três ainda estavam pendentes por volta das 11h.
Com a conclusão do trabalho, os responsáveis pela obra já podem encaminhar os trâmites necessários para a implantação de explosivos e as detonações na encosta. A expectativa é de que a solicitação ao Exército possa ser encaminhada ainda nesta terça. Caso a autorização seja emitida a tempo, existe a possibilidade de realizar as detonações na quarta-feira (4). No entanto, é necessário tempo para a implantação dos explosivos, e a chuva, caso a previsão se confirme, pode impedir a realização das explosões.
Na manhã desta terça, o trabalho ficou paralisado entre 9h30min e 10h40min para a substituição de peças da perfuratriz que sofreram desgaste. Após o reposicionamento da máquina, as perfurações foram retomadas pouco antes das 11h. Enquanto isso, outra equipe removia de um aterro ao lado da estrada as rochas que caíram sobre a pista e foram recolhidas entre os dias 6 e 14 de novembro. O objetivo é abrir espaço para a colocação do material resultante da detonação da encosta. O material retirado agora será levado para uma área em São Vendelino.
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As perfurações agora ocorrem mais ao fundo da encosta, distante das bordas. É nesse ponto que a rocha será recortada do restante do maciço. As aberturas no canto sul, que haviam começado domingo (1), foram concluídas nesta segunda-feira (2).
Também nesta terça, técnicos de uma empresa contratada pelo Daer analisavam o alto da encosta para apontar formas de impedir que a água da chuva escorra sobre os paredões de pedra, fatores determinantes para os deslizamentos. Entre as medidas sugeridas, estão a construção de valetas de concreto para levar a água até a rede de drenagem da rodovia.
Nesta semana, equipes também realizam a poda de árvores que ficam na beira do trecho bloqueado. A medida é para aproveitar a ausência de trânsito na rodovia.
A liberação da estrada ainda depende da remoção das rochas que caírem sobre a pista. Não há previsão de quanto tempo pode levar o trabalho, uma vez que não se descarta a necessidade de novas detonações para fragmentar ainda mais as pedras. Nesta etapa também deve ser restaurado o asfalto, danificado pela queda de barreira. Depois da conclusão desse trabalho, uma equipe técnica do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) fará uma avaliação e decidirá se a liberação será total ou parcial. Para o ano que vem, o Daer deve encaminhar estudos para a construção de uma contenção na encosta.