Uma sindicância, aberta em junho pela prefeitura de Farroupilha, apontou que a Corsan descumpre cláusulas do contrato em vigor para o abastecimento de água e tratamento de esgoto. Com esta conclusão, a companhia estadual foi notificada para sanar os problemas.
No documento, publicado na quinta-feira (19) no Diário Oficial do município, o prefeito Claiton Gonçalves (PDT) cita que há "práticas infracionais reiteradas e continuadas que caracterizam a inadimplência contratual". Depois, a notificação lista 18 cláusulas descumpridas.
Entre os apontamentos, estão a falta de metas de investimento, a inexistência de expansão no abastecimento de água e o fato de que Farroupilha ainda não tem tratamento de esgoto, mesmo 10 anos após a assinatura do contrato. O prazo estabelecido pela prefeitura para que a Corsan regularize as situações é de 20 dias, a contar do recebimento da notificação.
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Conforme o gerente interino da unidade da companhia em Farroupilha, Marcos Alexandre Bloedow, o documento chegou no início da semana passada. Segundo ele, uma análise interna dos apontamentos será feita por diferentes setores da Corsan para que uma resposta seja encaminhada à administração municipal. Embora admita que obras estejam atrasadas, Bloedow salienta que elas já começaram. É o caso da ampliação da rede adutora de Nova Sardenha, trabalhos iniciados neste mês.
Há pelo menos dois anos, a prefeitura de Farroupilha cogita criar uma autarquia municipal para abastecimento de água e tratamento de esgoto, diante da insatisfação com o trabalho da Corsan. A operação seria semelhante ao Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) de Caxias do Sul.