O contrato da Corsan para abastecimento de água e tratamento do esgoto está na mira de uma sindicância aberta pela prefeitura de Farroupilha. Até o fim de agosto, um grupo formado por nove servidores públicos, incluindo três secretários municipais, faz a análise do documento.
Conforme o secretário de Meio Ambiente, Miguel Angelo Silveira de Souza, a ideia é fazer um levantamento de quais obrigações contratuais foram cumpridas ou não pela Corsan e pela prefeitura. Ele diz que o objetivo da sindicância não é levar ao rompimento do contrato, mas adequá-lo.
Há pelo menos dois anos, a prefeitura de Farroupilha cogita criar uma autarquia municipal para abastecimento de água e tratamento de esgoto. A operação seria semelhante ao Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) de Caxias do Sul.
Uma das principais reclamações da prefeitura é o fato de que o município não tem esgoto tratado. Na justificativa da abertura de sindicância, a prefeitura cita a falta de serviços de esgotamento sanitário e as constantes interrupções no abastecimento de água na cidade.
A administração municipal também vai contratar uma empresa para ter análises próprias da qualidade da água em Farroupilha. A Corsan garante que os moradores recebem o líquido potável e apresenta relatórios ao município com essa comprovação. No entanto, as reclamações sobre o cheiro e gosto da água na cidade levam a administração municipal a refazer as análises.