Após novas cenas de violência registradas no largo da Estação Férrea, em Caxias do Sul, no fim de semana, as ações para coibir excessos por parte adolescentes que se divertem ao ar livre na área voltou à pauta dos órgãos de segurança. Enquanto Brigada Militar (BM) e município discutem o reforçar mais uma vez o policiamento aos fins de semana, a revitalização da área é apontada como uma solução mais duradoura.
Leia mais
Caxias: projeto de revitalização da estação férrea será apresentado em fevereiro
Revitalização do Largo da Estação Férrea, em Caxias, deve custar R$ 2 milhões
A proposta começou a ser discutida em 2014, quando o município apresentou um projeto de melhorias para a área. Na época, a intenção era realizar as obras em parceria com os empreendimentos da região, o que acabou não avançando. Na atual administração, a proposta foi revista a partir de critérios e necessidades, como melhorias na segurança, definidos pela Secretaria Municipal do Urbanismo (SMU). No fim de novembro, o município entregou um anteprojeto ao Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e ao Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae). Agora, a SMU aguarda a aprovação dos órgãos para as intervenções, já que a área da Estação é considerada patrimônio histórico.
Entre as modificações previstas estão a ampliação da área de circulação, construção de um palco coberto, mirante, instalação de câmeras e aumento de calçadas, com a retirada do estacionamento. Somente o espaço para ônibus de turismo será mantido. Prédios da antiga linha férrea hoje abandonados, como o armazém, junto à Rua Augusto Pestana, também devem ser recuperados para abrigar atividades de cultura, lazer, turismo e segurança.
— Começamos a trabalhar (no projeto) em função da segurança. Entendemos que hoje aquele espaço está ocioso e quanto mais a população se apropria de um espaço, mais seguro ele fica. Entendemos que vai mudar a cultura do espaço, que é de lazer diurno e noturno, para as pessoas aproveitarem — afirma a secretária Mirângela Rossi.
Ao contrário da Praça do Trem e da Praça das Feiras, construídas por meio de parceria público-privada, a revitalização será realizada com recursos públicos, de um fundo específico para áreas de lazer. Os orçamentos ainda não estão prontos, mas a estimativa é de que as obras urbanísticas custem em torno de R$ 1 milhão. A estimativa é entregar a nova área para a população ainda em 2019.