A prefeitura de Canela retirou da votação da Câmara de Vereadores o projeto de lei que concedia o uso do Parque do Palácio, residência oficial de verão do governador do Rio Grande do Sul, para a iniciativa privada. A retirada ocorreu na noite da sexta-feira, e o projeto seria votado pelos vereadores na segunda-feira. Em comunicado pelas redes sociais da administração municipal, o prefeito Constantino Orsolin (PMDB) pede que o projeto não seja mais votado pela "pacificação" da cidade. Nos últimos meses, o futuro da área do Parque do Palácio dividiu a comunidade e promoveu audiência pública e mobilizações contrárias à cedência do espaço para a construção de um hotel, além do centro de convenções.
No comunicado, o prefeito informa que os defensores da área têm 120 dias para apresentar um projeto que contemple sustentabilidade e a instalação do centro de congressos, já que esta construção foi o pré-requisito para que o Estado cedesse o espaço à prefeitura, em 2010, na gestão de Yeda Crusius (PSDB).
"Estamos agora abrindo o espaço e dando a oportunidade para que os defensores do Parque do Palácio, para que estas lideranças e estes jovens, num prazo de 120 dias nos apresentem um projeto, uma alternativa concreta de sustentabilidade para aquela área, vinculada a instalação do centro de convenções e congressos, tal qual como o compromisso que o Estado do Rio Grande do Sul nos impôs e claro, sem custos ao município, como estávamos a pensar e propor", afirma em parte do comunicado.