Em meio a uma crise financeira que se arrasta há anos, o Hospital São Carlos pediu ao Ministério da Saúde uma consultoria que é oferecida às instituições filantrópicas. A superintendente do hospital de Farroupilha, Janete Toigo, aguarda retorno do governo federal para a solicitação feita na semana passada. Ela diz que ainda está indefinido se a consultoria será na área de gestão ou de qualidade.
O Hospital São Carlos opera com déficit mensal de R$ 500 mil. Ao longo dos últimos anos, a instituição sofreu com a diminuição de serviços prestados, o que gerou ociosidade e redução de recursos. Para se ter uma ideia, o pagamento do 13º salário de servidores no ano passado dependeu de empréstimos de empresários da cidade. Apesar disso, conforme Janete, a situação começou a se reorganizar em 2017 e a produtividade do hospital aumentou. Mas o entendimento da gestão é que é necessário habilitar mais serviços no SUS.
Um deles é a porta de entrada hospitalar de urgência, que renderia R$ 100 mil a mais por mês. Desde 2013, o São Carlos perdeu o recurso estadual. Por isso, a tentativa é habilitar no governo federal. Além disso, o hospital busca habilitações de mais leitos de UTI, de leitos de retaguarda, e de procedimentos de laqueadura e vasectomia.