Três meses após o envio da notificação que determinava a desocupação de oito réplicas das primeiras casas de Caxias do Sul, localizadas nos Pavilhões da Festa da Uva, ao menos uma delas deve retomar com as atividades nos próximos meses: um acordo entre a Festa da Uva S/A e o Sindilojas, na tarde desta terça-feira, decidiu manter o funcionamento do Museu do Comércio no local. As outras sete casas que foram fechadas na mesma ocasião, gerando um desconforto com comerciantes locais, também devem ser reabertas com a oferta de atrativos para a população, porém, ainda não se sabe que tipo de comércio será oferecido.
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Conforme o diretor executivo financeiro da Festa da Uva, Cleiton de Bortoli, permanece a ideia de criar um roteiro turístico com as réplicas. Mesmo assim, ainda não há uma data definida para que as casas sejam novamente ocupadas, já que é necessário realizar diversas adequações físicas nos imóveis, além de reorganizar as atividades.
– Nada do que planejamos mudou, apenas entramos num consenso de que o Museu se encaixa na proposta de que as réplicas sejam utilizadas para abrigar atrativos relacionados à cultura da cidade. Para que as casas sejam reabertas ainda é preciso algumas reformas estruturais, o que leva tempo.
O que pesou na decisão da permanência do Museu do Comércio, que há 17 anos está instalado no local, foi o fato de a atividade oferecida pelo Sindilojas ir ao encontro com o projeto que pretende alavancar o turismo no parque de eventos.
– O Museu tem tudo a ver com o local em que está inserido. Não valeria a pena retirarmos dali. Também sugerimos a contratação de uma pessoa, que seria na função de estagiário, para atender o público e possibilitar o controle da atividade. Isso que também agradou a administração dos Pavilhões – ressalta Sadi Donazzolo, presidente da entidade.
Os comércios oferecidos nas outras réplicas devem passar por uma avaliação para que todos estejam enquadrados na ideia proposta pela direção da Festa da Uva: transformar o parque em um ponto de atrativo turístico com atividades durante o ano inteiro. Em março, espaços tradicionais como o Bodegão, Clube de Bochas, Milonga, Casa Gaúcha, Exposul, Conci Turismo e Arte do Turismo fecharam as portas.