Meteorologistas vão precisar de pelo menos uma semana para conseguir identificar o fenômeno que atingiu São Francisco de Paula no domingo. As primeiras imagens aéreas, captadas por drones e a partir de helicópteros, não são suficientes para garantir que trata-se de um tornado ou de uma microexplosão. Ambos com registros anteriores de ocorrência no Estado, área com maior incidência de tempestades severas na América do Sul.
A análise das cenas por especialistas ajuda a explicar o que ocorreu, mas não pode ser considerada prova determinante, explica Ernani de Lima Nascimento, meteorologista e professor da Universidade de Santa Maria (UFSM). Além da visita de técnicos à área atingida, entrevistas com moradores afetados e o estudo de dados de clima dos momentos anteriores ao início das rajadas de vento são fundamentais.
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– Não é só bater o olho e dizer – explica o pesquisador, considerado um dos maiores especialistas brasileiros em fenômenos de grande destruição.
Diogo Ramos, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), tem opinião semelhante. Não é possível afirmar com certeza qual o fenômeno apenas a partir das imagens de destruição:
– Qualquer avaliação mais prematura é baseada em julgamento pessoal e não com fatos determinantes. É preciso um pouco mais de paciência.
Veja imagens da cidade após o vendaval: