Dezenas de moradores de Monte Belo do Sul e Santa Tereza fizeram na manhã de sexta-feira o reconhecimento de objetos furtados de suas casas e que foram recuperados na semana passada, em ação conjunta da Brigada Militar e da Polícia Civil. O volume apreendido em duas casas em Santa Tereza foi tão grande que foram necessários 13 agentes e dois caminhões para transportar o material até o salão paroquial de Monte Belo, por falta de espaço na acanhada delegacia. Somente na manhã de sexta-feira, pelo menos 20 pessoas foram ao encontro de seus pertences.
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Coordenada pelo delegado Leônidas Augusto Reis, titular da delegacia de Carlos Barbosa, a logística partiu da descrição dos objetos pelas vítimas em uma sala na delegacia, com notas fiscais ou o máximo de detalhes possível, para depois o reconhecimento no salão paroquial (do outro lado da rua).
A faxineira Gema Baggio Vignatti, 62 anos, acompanhada do filho Marciano Vignatti, 41, eletricista, foi cedo da manhã em busca dos utensílios levados de sua casa em uma chácara na Linha José Júlio, em Santa Tereza. A propriedade foi arrombada em duas ocasiões em que ela estava na casa do namorado, em outra localidade próxima.
- Na primeira vez que entraram, tomaram até a cerveja que eu tinha na geladeira, mas só furtaram uma extensão e um facão da garagem. Na segunda vez, arrombaram a janela e levaram um monte de coisas. A televisão e o aparelho da parabólica me fizeram mais falta. Também levaram o aparador de grama, que tive que comprar outro - conta.
A televisão, Gema e o filho não encontraram. Além do receptor da antena parabólica, reconheceram também uma caixa de ferramentas, um antigo esmeril, um fogareiro e uma extensão de dez metros. Os objetos ficaram em um espaço separado, com uma etiqueta levando o nome da pessoa que fez o reconhecimento e registrou a ocorrência.
A ação de sexta-feira com as vítimas foi um passo importante para a polícia reunir provas contra os suspeitos de cometer os furtos e pedir o indiciamento. Até o momento, são quatro suspeitos. O tamanho da quadrilha ainda é desconhecido.
De peruca loira a acordeon
O rol de itens expostos em três mesas do salão paroquial de Monte Belo do Sul para reconhecimento impressiona. Boa parte não deixa dúvidas de que a maioria dos prejudicados é de pessoas de mais idade, como rádios a pilha, panelas de ferro, um sovador de massa bastante usado, um antigo e bem conversado acordeom.
Outros objetos bem pequenos demonstram que os ladrões levavam de tudo o que encontravam: prendedores de roupa, talheres, calçados de bebês, um saco de balas de menta. Os itens de maior valor, contudo, são cortadores de grama e televisores.
O que mais chama a atenção, contudo, é uma peruca loira. Segundo o delegado Leônidas, há a suspeita de que a peruca tenha sido usada por uma mulher que é suspeita de ter realizado assaltos a mão armada junto de um homem.
Polícia
Moradores de Monte Belo do Sul e Santa Tereza reconhecem objetos furtados
Volume do material forçou a polícia a utilizar o salão paroquial de Monte Belo, nesta sexta-feira
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