O senegalês Cheikh Oumar Foutyou Diba, 25 anos, que teve parte do corpo queimada na manhã do último sábado chegou a Caxias do Sul nesta terça-feira. A decisão dele de se deslocar até a Serra Gaúcha foi tomada em conjunto com o grupo de senegaleses instalado na região.
Em Santa Maria, o número de migrantes é pequeno: de acordo com a coordenadora do Centro de Atendimento ao Migrante (CAM) em Caxias do Sul, Irmã Maria do Carmo Gonçalves, são apenas quatro, realidade bastante diferente daqui. Os números de migrantes na Serra dão conta que 10 mil estejam na região, sendo que quatro mil ficam em Caxias do Sul.
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A intenção é que Cheikh Oumar Foutyou Diba retorne ao Senegal. Bastante assustados, os familiares pediram que ele voltasse ao país de origem, o que deve acontecer nos próximos dias. Por enquanto, ele está alojado em uma residência onde ficam os senegaleses em Caxias. Ele recebe também o apoio de Aboulahat Ndiaye, 24 anos, o Billy, que se transformou em referência para os imigrantes que chegam por aqui. Com bom domínio da língua portuguesa, o rapaz é uma espécie de tradutor para os compatriotas.
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A documentação que possibilita a permanência no país do jovem agredido está em processo de tramitação, explica a Irmã.
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- Em virtude do que aconteceu com ele, tem recebido bastante apoio da comunidade senegalesa e do povo daqui, de forma geral. Mais importante do que identificar e punir quem fez isso com ele, é refletir que casos assim não acontecem de forma isolada - avalia a religiosa.