O desperdício de água em Caxias do Sul chega a 48%. O percentual de perdas é superior a média aceita por entidades internacionais, que é de 30%. Os principais motivos do desperdício de água na cidade são os rompimentos de adutoras, vazamentos e ligações clandestinas.
Para tentar reverter o índice, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Samae), investe em equipamentos e troca de tubulações. No entanto, o diretor presidente Elói Frizzo admite que o problema operacional é difícil de resolver, já que a perda técnica de água, representa cerca de 30%.
Ele explica que a rede de abastecimento é antiga, portanto, a parte formada por ferro fundido se deteriora e a de fibrocimento é frágil e, por isso, rompe com facilidade. O restante do percentual, que chega a 48%, é atribuído a fugas de água, que são ligações irregulares e vazamentos.
- Cada vez que rompe uma adutora é uma quantidade enorme de água desperdiçada, então a perda técnica do Samae é muito grande, cerca de 30%. O restante do índice, que chega a 48%, atribuímos as ligações irregulares e hidrômetros fraudados que chegam a 300 neste ano - afirma Frizzo.
Uma alternativa para reverter as perdas é a substituição das redes antigas por tubulação de ferro fundido, com camada de PVC por dentro. Quase 25 quilômetros de adutoras novas estão sendo implantados na Rota do Sol.
Segundo Frizzo, esta é uma maneira de combater as perdas de água, já que com o novo material, os rompimentos nas adutoras vão ser reduzidos. O Samae também investiu mais de R$ 600 mil na compra de equipamentos que vão identificar os problemas de vazamentos e de furtos d' água na hora em que o leiturista estiver conferindo o consumo.
Além disso, em dois anos, o Samae reinstalou 30 mil hidrômetros para melhorar a micromedição, e desta forma, reduzir as perdas técnicas. Somente neste ano 300 hidrômetros alterados foram apreendidos pela fiscalização, sendo que em todo o ano passado, foram 500.
