Willian Comunello, de Nova Prata, sonha em voltar a dançar após amputar pé

Pioneiro lança projeto que conta histórias de pessoas que buscam ajuda para dar a volta por cima. O drama de Willian abre a série de reportagens.

Como você reagiria se tivesse que amputar um de seus pés? E se isso acontecesse com um filho seu? Um rapaz jovem, lindo, saudável e com um talento impressionante para a dança? Muitas respostas devem ter vindo à sua cabeça: ansiedade, tristeza, revolta, pânico.

Esta é uma história real. Willian Comunello mora em Nova Prata, tem 19 anos e há seis meses precisou amputar o pé esquerdo devido a um câncer. E o pior, se obrigou a parar de dançar, um sonho que o move desde a infância.

A mudança em sua vida começou em abril de 2014. Após três meses de dor e inchaço no pé, dezenas de consultas e exames, chegou o temido diagnóstico: tumor maligno e a probabilidade de amputar o pé. O choque foi instantâneo, e a possibilidade de parar de dançar o deixou apavorado. A suspeita se confirmou meses depois. Dia 15 de outubro de 2014, parte da perna esquerda foi retirada e, com ela, o sonho de ser um dos maiores dançarinos do Estado.

- O primeiro pensamento ao saber do diagnóstico foi: como vou viver sem a dança?
Willian dança desde os 5 anos e, atualmente,  integra o grupo do CTG Pousada do Imigrante, de Nova Bassano.

O grupo se uniu ainda mais e passou a dedicar as conquistas ao integrante ausente e, ao mesmo tempo, presente em todos os momentos.

Confira no vídeo uma das apresentações do jovem com o grupo:



Apaixonado pela dança, Willian ainda não se conforma em apenas assistir às apresentações do grupo CTG Pousada do Imigrante nos festivais. Vai a quase todos os ensaios e não abre mão de ver seu grupo brilhando nos palcos. 

O câncer e a falta do pé esquerdo não deixaram Willian desistir do seu sonho. A família e os amigos promoveram uma rifa para comprar a primeira prótese, que o possibilitaria se locomover sem ajuda das muletas. Já foi um avanço. Mas o seu sonho é conseguir uma prótese que o leve de volta aos palcos.

- Não desisti de sonhar. Sei que a tecnologia nessa área avançou muito - destaca, com um notável brilho nos olhos.