Vocês observaram a quantidade de protestos e caminhadas que brotaram em Caxias no fim de semana passado? Então, vejamos:
- Teve o protesto contra o governo;
- Teve o protesto contra os perigos da Júlio Calegari;
- Teve a 2ª Caminhada pela Família na Escola do Interior abrindo a 2ª Semana de Vila Oliva;
- Teve a 3ª Parada Tarde Azul pelo Dia Mundial da Consciência sobre o Autismo.
Reivindicatórias, celebrativas ou para marcar posição em datas especiais, as manifestações atraíram milhares de pessoas para as ruas no sábado e no domingo.
E isso é bom.
Embora a cidade tenha experimentado tantos atos, particularmente acho que ainda saímos pouco às ruas para reivindicar, agradecer, celebrar, protestar. Identifico, por cima, mais meia dúzia de assuntos que renderiam atos públicos:
- A péssima telefonia;
- A redução da maioridade penal;
- A terceirização ampla, geral e irrestrita do emprego e do empregado;
- A péssima qualidade da educação e o empastelamento do ensino médio;
- A demora por consultas no SUS e na rede privada;
- A insegurança.
Além de irmos pouco às ruas mostrar, pelo menos, que estamos indignados, também somos pouco convidados para escolher. Nunca somos convocados a dizer sim ou não em plebiscitos, cerejas do bolo do sistema democrático. Também não somos chamados para referendos, outra cereja que raramente experimentamos. O último referendo foi sobre o desarmamento. Optamos, talvez tenhamos optado errado, mas a criminalidade segue fazendo cara de paisagem para as leis.
Temos eleições ano sim, ano não (ainda bem), mas esse calendário não está se mostrando suficiente para reduzir a enorme lista de coisas que temos a resolver.
Atos públicos são como documentos registrados em cartório. Se as autoridades não se comprometem com a causa, não dão explicação alguma, permanecem invisíveis, sequer prometem providências como tão bem sabem fazer, essa ausência deve ser lembrada o tempo todo.
E ano sim, ano não, podemos (devemos) dar as respostas nas urnas.
Opinião
Gilberto Blume: particularmente acho que ainda saímos pouco às ruas para mostrar nossa insatisfação
Ano não, podemos (devemos) dar as respostas nas urnas.
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