Alceu também não economizou críticas à imprensa, dizendo que comparar o caso ao escândalo da Petrobrás é exagero e má fé. Ele também mandou um recado para oposição:
- Não levem a prefeitura para o lado da corrupção, porque nosso comprometimento é com a ética e a lei - finalizou.
O prefeito de Caxias do Sul, Alceu Barbosa Velho (PDT) anunciou que vai deixar de usar o Mitsubishi Pajero Dakar comprado para o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae).
Alceu comunicou a decisão durante assinatura da ordem de início da construção do centro comunitário do Loteamento Milenium, na manhã desta sexta-feira. A caminhonete custou R$ 160 mil e foi adquirida em outubro do ano passado para inspeções na área das barragens, mas há dois meses era utilizada pelo prefeito, conforme o Pioneiro mostrou a partir de questionamentos veiculados pela vereadora Denise Pessôa (PT).
Alceu admitiu que chegou a ser alertado pela esposa, Alexandra Baldisserotto, de que a utilização do veículo em outra função poderia causar repercussão. Apesar disso, ele disse não ter visto problema, já que o Pajero estava pago e era pouco usado no Samae. Além disso, o prefeito justificou que o veículo oferece maior segurança.
- Se eu tivesse ouvido minha esposa, certamente nada teria acontecido. Ela disse 'não pega que é fria'. Não tenho vergonha de dizer que errei por usar sem comunicar, mas vai voltar a ser usada para o fim ao qual foi adquirida - explicou.
Antes de começar a usar o Pajero, Alceu se deslocava em um Fluence, que tem mais de 200 mil quilômetros e que voltará a ser usado a partir de agora. Alceu disse que o Pajero é mais barato que uma Toyota, prevista inicialmente na concorrência pública e que o carro vai durar de 10 a 15 anos. Ele também respondeu às críticas de que deveria utilizar ônibus.
- Sempre vai ter gente usando ônibus, gente com carro mais simples e gente com outros carros. É da vida - afirmou.