Morador do bairro Cidade Nova, Sérgio Luis Rech Fraga, 55 anos, está sem luz desde a madrugada desta segunda-feira e não consegue sequer comunicar o problema à RGE. Até as 9h30min, ele havia feito 11 tentativas. Em nenhuma, porém, conseguiu conversar com um atendente no call center da concessionária.
- Cheguei a ficar cinco minutos esperando, e nada. Só fica aquela musiquinha, ninguém te atende - protesta.
Fraga acordou às 5h30min, quando escutou estouros nas tomadas de luz. Ao olhar pela janela, viu fios soltando faíscas por toda a RuaEgidio Viero. A energia passou a funcionar em meia-fase e, em cerca de 10 minutos, cessou. Ele acredita que aparelhos eletrônicos tenham queimado.
Cerca de 12 quilos de carne, como chester e lombo de porco para a ceia de Natal, devem ser perdidos caso a eletricidade não volte a funcionar em pouco tempo.
Lei sancionada em 2008 determina que o tempo máximo de espera para o consumidor obter contato com um atendente de serviços públicos concedidos é de um minuto, contado a partir do momento em que o cliente seleciona a opção "falar com um atendente" no menu eletrônico.
As empresas que descumprirem a regulamentação, vigente desde 1º de janeiro de 2009, estão sujeitas a multas de R$ 200 a R$ 3 milhões, conforme prevê o Código de Defesa do Consumidor. Clientes que se sentirem lesados podem formalizar denúncia junto ao Ministério Público, Procon ou Defensoria Pública.
Às 9h40min desta segunda, o Pioneiro questionou a assessoria de imprensa da RGE sobre a demora para atender clientes por telefone. Até as 11h, a concessionária não havia respondido.
A RGE também disponibiliza o número 27350 para que o consumidor comunique a falta de energia. Basta enviar mensagem com a palavra LUZ e o número da unidade consumidora, que consta na fatura mensal.
