Durante passagem por Caxias do Sul em maio, o governador Tarso Genro deu o prazo de 30 dias para que a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) analisasse os laudos encaminhados pela comissão da prefeitura que estudou o valor a ser pago em indenizações aos proprietários de terras onde deverá ser construído o aeroporto de Vila Oliva.
Esse prazo se encerrou na última segunda-feira. Só na quarta-feira, segundo o secretário de Planejamento Gilberto Boschetti, é que a PGE deu retorno ao município. O Estado questionou alguns apontamentos da avaliação realizada pela comissão da prefeitura, composta por servidores das Secretarias do Planejamento, Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Samae.
- Nossa comissão avaliou a terra crua, mas tem duas propriedades com produção de maçã. Eles pediram esclarecimentos sobre a idade da plantação, e perguntaram se a comissão deveria considerar o custo de erradicação da plantação, já que são quase 180 hectares - explicou Boschetti.
Um engenheiro agrônomo foi designado para essa avaliação e construir uma justificativa. Ao todo, 10 propriedades terão de ser desapropriadas. Conforme Boschetti, o Estado não fez nenhum apontamento quanto às outras oito áreas, mas não também não demonstrou anuência sobre o valor a ser pago.
Ainda em maio, Tarso assegurou que forneceria os recursos necessários ao pagamento das indenizações, que seriam liberados, conforme o acerto com os proprietários. Os valores não foram divulgados para preservar as negociações.
Desapropriação
Estado dá primeiro retorno sobre indenizações a serem pagas pelas áreas do futuro aeroporto de Caxias
PGE analisou laudo construído por comissão formada por servidores da prefeitura
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