Durou quase três horas a reunião ordinária da Comissão de Desenvolvimento Urbano, Transporte e Habitação da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul, que na tarde desta quinta-feira ouviu o diretor-presidente do Samae, Edio Eloi Frizzo. Ele foi até a casa a pedido do prefeito Alceu Barbosa Velho para prestar esclarecimentos sobre a construção do Sistema Marrecas.
Apesar de todos os vereadores estarem presentes na reunião, presidida por Mauro Pereira (PMDB), coube aos petistas Rodrigo Beltrão e Denise Pessôa levantarem praticamente todas as questões sobre a construção da barragem. No total, foram 19 perguntas, respondidas ora por Frizzo ora pelo engenheiro Gerson Panarotto, diretor da Divisão de Planejamento Integrado do Samae.
Entre os pontos de maior conflito e exaustivamente abordados na reunião estiveram o aproveitamento das árvores cortadas na área onde hoje está o lago da barragem, as infiltrações e vazamentos no muro da estrutura e os aditivos que fizeram o custo da obra saltar de R$ 130 milhões para os atuais R$ 252 milhões. Os parlamentares petistas também reclamam que o Samae não deu um prazo definitivo para o início do abastecimento com água do Marrecas.
Ao fim da reunião, iniciada às 14h20min, Beltrão e Denise disseram não estar satisfeitos com as respostas dadas pelo Samae. De acordo com Denise, a bancada deve se reunir para ver que medidas tomar. Paralelamente, os parlamentares petistas aguardam os resultados de inquéritos que estão com o Ministério Público Federal e que investigam supostas irregularidades nos contratos com a empreiteira Fidens-Sanenco, que recebeu R$ 104 milhões para fazer a represa, R$ 39 milhões a mais do que o valor inicialmente pactuado.
Confira mais detalhes sobre a reunião na edição do Pioneiro desta sexta-feira.
Abastecimento de água
Reunião na Câmara de Caxias do Sul para tratar sobre obra do Marrecas dura quase três horas
Ao fim do encontro, vereadores do PT reclamaram que muitas perguntas ainda estão sem resposta
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