O Pronto Atendimento 24 horas (Postão) ficou pequeno para a rica e populosa Caxias do Sul. Em média, de 350 a 500 pessoas passam todos os dias pela triagem do serviço e aguardam horas por atendimento.
Em vídeo, veja a agonia da espera:
Pelo menos 80% do público poderia consultar nas UBSs, segundo levantamento da Secretaria Municipal da Saúde. A própria secretaria lançou campanha para atrair a população para os postinhos. Não deu certo.
Como não há médicos suficientes nos postinhos, homens, mulheres e crianças continuam buscando amparo no plantão do Centro. O que mais incomoda, porém, é a falta de clareza sobre o tempo necessário para ser recebido pelo médico.
Há cinco anos, os pacientes são classificados preliminarmente por profissionais de enfermagem. A iniciativa deveria qualificar o serviço. Em tese, os atendimentos de urgência (classificação vermelha) são realizados no ato e os de emergência (classificação amarela), no máximo, em 30 minutos, segundo a secretaria.
Os casos de baixa complexidade, que são maioria, tem tempo médio de permanência de 4 horas, desde a entrada até a alta. Em dias de maior movimento, a demora extrapola para seis, sete horas. Entretanto, as informações do tempo de espera raramente são repassadas ao público.
O ambiente tenso no Postão poderia ser evitado se houvesse um sistema de informação com distribuição de senhas e horário estimado de atendimento, a exemplo de alguns bancos.
Muitas pessoas ouvidas pela reportagem afirmaram que ficariam mais tranquilas se pudessem acompanhar em um painel eletrônico o tempo previsto para consulta. No intervalo de três ou quatro horas, o paciente aguardaria em casa ou realizaria outros compromissos. Uma dica que poderia ser copiada inclusive pelos plantões da rede privada de saúde, frequentemente lotados.