Pelo menos 96 soldados morreram e 300 ficaram feridos nesta segunda-feira em Sanaa, a capital iemenita, em um atentado suicida contra uma unidade militar que ensaiava um desfile. O balanço anterior informava sobre 50 mortos e dezenas de feridos no atentado cometido por um suicida, que detonou seus explosivos em meio às tropas que preparavam na praça Sabiin o desfile comemorativo pelo 22º aniversário da unificação do Iêmen. A explosão foi tão potente que deixou uma cratera na praça.
O atentado de hoje foi o primeiro em Sanaa desde que presidente Abd Rabbo Mansur Hadi assumiu o governo, em fevereiro. Até as eleições de fevereiro, o Iêmen vivia sob intensa disputa interna. Pressionado pela comunidade interna, o então presidente Ali Abdullah Saleh, que ficou no poder por cerca de três décadas, anunciou sua saída.
Ainda que o atentado ainda não tenha sido reivindicado por nenhum grupo terrorista, acredita-se que tenha sido planejado pela Al-Qaeda. O ataque ocorreu no décimo dia de uma grande ofensiva do exército contra o grupo terrorista no sul do país. A operação já deixou 230 mortos - incluindo 147 combatentes da Al Qaeda - desde seu início, no dia 12 de maio.