
Muito se fala no Estádio Alfredo Jaconi sobre a possibilidade do Juventude virar uma SAF em um curto prazo. O clube já tem uma empresa interessada, a Five Eleven Capital. Um comitê foi criado e negocia com o grupo do Exterior.
O assunto é tratado internamente e pouco tem se falado abertamente sobre a proposta. Na próxima segunda-feira (28) haverá uma reunião do Conselho Consultivo do alviverde para debater o tema. Este processo pode levar o ano todo e precisa da aprovação final do Conselho Deliberativo. Ainda não se tem uma minuta do contrato, pois as negociações são iniciais.
Enquanto o tema ganha opiniões contrárias e favoráveis, o elenco de jogadores segue focado no Campeonato Brasileiro. O próprio técnico Fábio Matias garantiu que esse assunto não entrou no vestiário do Verdão:
— Ninguém dos jogadores, nem a minha pessoa, estamos nem um pouco preocupados com isso. Acho que isso aí é um assunto da direção. A direção que tem que estar à frente disso. Em nenhum momento se fala disso. Estou sendo bem aberto com vocês. Ninguém toca nesse assunto. E eu nem penso nisso também — declarou o treinador, que completou:
— E aquilo que for melhor para o clube tem que ser feito. Se for, sim. Se não for, não. A gente tem que trabalhar. Se a situação demorar dois anos, nós temos jogo sábado. Então é uma situação que a gente não controla. Que não é da parte nossa. Então não tenho me preocupado com isso.
VICE DE FUTEBOL
Internamente, o Juventude reconhece que para bater de frente com grandes investimentos do futebol brasileiro precisaria de mais recursos. O orçamento do clube bate os 100 milhões, bem distante de concorrentes diretos pela permanência, como o Ceará, que prevê o dobro.
O vice de futebol do Juventude, Almir Adami, comentou sobre o tema em entrevista ao programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha Serra. Ele disse que não está participando do processo:
— Esse assunto de SAF eu não tenho participado. É algo que está sendo feito através do Conselho de Administração. O que nós fizemos, se não me engano, em 2021, através do Conselho Deliberativo, foi aprovar que o Conselho de Administração pudesse receber propostas de investidores Acredito que a gente tenha tido durante esses dois, três, quatro anos, de quatro a cinco investidores, mas em nenhum deles eu participei. A gente procura ficar de fora, ainda mais que a gente tem todo o trabalho do dia a dia do futebol — disse o vice de futebol, que completou:
— Quando for o momento de participar como conselheiro, é certo que nós vamos estar lá para avaliar, todas as condições, situações, e se for o caso, definir uma forma que seja sim ou não. Mas é uma questão de mais adiante, pelo que eu entendo, isso aí vai demorar um pouquinho.