O Caxias do Sul Basquete disputará a 17ª edição do Novo Basquete Brasil (NBB). A confirmação das 18 equipes participarão do torneio aconteceu no final de julho. Sem o mesmo roteiro de outras temporadas, quando precisou de um esforço extra para conseguir as garantias financeiras para a disputa, o time caxiense entrará na competição nacional buscando um desempenho melhor do que na última edição, quando ficou de fora dos playoffs.
— Este ano foi de uma forma um pouco diferente, porque não falamos em nenhum momento se jogaríamos ou não. A gente conseguiu trabalhar durante o final da temporada anterior, e esse período todo, pra poder confirmar a participação no NBB. E agora está num segundo momento, onde buscamos o apoio pra que a gente possa montar uma equipe diferente do que temos feito nos últimos anos, com o mesmo investimento. A ideia é que pra essa temporada pudéssemos fazer com um investimento maior, mas tem sido um trabalho bem árduo para chegar nesse objetivo — explicou o treinador e gestor do Caxias Basquete, Rodrigo Barbosa, em entrevista ao Show dos Esportes, da Gaúcha Serra.
A preparação da equipe está prevista para iniciar em 2 de setembro. Antes, no final de agosto, Caxias do Sul será sede das finais da Série Prata da Liga de Desenvolvimento (LDB). Do grupo comandado por Bruno Lopes vai sair uma base do time que disputará a elite. Jogadores como Léo Cravero, Vitor Borges e Brayan certamente farão parte novamente do time principal.
— Temos alguns atletas que jogaram a última LDB, mas estouraram a idade pra essa. E devem retornar (Gabriel e Vini Chagas). Devemos ter de quatro a cinco jogadores que jogaram a última temporada, alguns novos que vieram pra essa LDB, e aí vem o desafio de conseguir um maior investimento pra que a gente possa trazer outros jogadores adultos, pra que dê essa cara de um time mais experiente — projetou Barbosa.
Com boa parte dos principais elencos do basquete brasileiro já montados, o desafio agora é encontrar os atletas que possam acrescentar qualidade aos jovens.
— Tem vários aspectos nessa montagem de equipe. Primeiro, duração de contrato. Tem equipes hoje no Brasil que fazem de 12 meses. A maioria é 10. Nós aqui são oito meses. Então já é um aspecto que, mesmo que eu oferecesse o mesmo salário pra um jogador, em outro clube ele vai ganhar quatro ou dois meses a mais. Passamos a descartar algumas possibilidades. Segundo é o valor de investimento mesmo — explica Barbosa, que ainda aponta os times que estão à frente na formatação dos grupos de atletas:
— Tem os que estão acima, o Flamengo, o Franca e o próprio Minas, que se reforçou mais. E aí tu tem a grande maioria, que são os times de São Paulo, porque o Paulista já está acontecendo, os times de futebol, a Unifacisa. Automaticamente, a gente tem poucos concorrentes na hora de buscar o atleta que a gente imagina pra compor o nosso grupo. A grande diferença é o investimento necessário e a busca pelos jogadores estrangeiros, que aí sim é um número ilimitado de possibilidades.
A previsão é de que o NBB inicie no dia 12 de outubro. A tabela ainda não foi divulgada pela liga, mas o Caxias prevê sua estreia para a semana seguinte.