A reapresentação do Caxias para a última semana de treinos antes da estreia na Série C ocorreu nesta segunda-feira (15). E o clube apresentou um de seus três reforços para a disputa da competição. Aos 29 anos, o zagueiro Lucas Cunha demonstrou personalidade e bom português para enaltecer o quanto está satisfeito para vestir as cores do clube até o fim do Gauchão de 2025.
O defensor revelou que o primeiro contato para vir a Caxias do Sul veio através do técnico Argel Fuchs após o confronto entre Portuguesa Santista e Caxias, pela primeira fase da Copa do Brasil.
— Logo após o jogo, a gente já começou um diálogo legal, eu fiquei muito feliz, porque vir de uma pessoa como o Argel, um atleta e um técnico como ele, acho que agrega muita coisa. E o fato dele ser zagueiro, com certeza, foi um diferencial para eu fazer a escolha de também estar vindo para o Caxias. Eu chego em um clube com uma estrutura ímpar, um clube com jogadores que já são conhecidos no mercado, e eu chego junto para somar — destacou Lucas.
O zagueiro viveu bons momentos no futebol paulista nos últimos dois anos. O que lhe rendeu duas premiações.
— O ano de 2023 foi bem consistente, e o mais difícil para o jogador de futebol é ser regular na maior parte da sua carreira. E eu estou conseguindo alcançar essa regularidade desde o ano passado. Tive a premiação de melhor zagueiro no Paulista da Série A-2, e esse ano se repete a história — apontou.
O bom momento de Lucas, no entanto, esconde as dificuldades que o jogador passou fora de campo.
— Aqui não nos falta nada, isso vale ressaltar. Quando eu cheguei aqui, eu falei com os meus companheiros que eu venho de uma dificuldade tremenda no estado de São Paulo, com salários atrasados, onde a gente não tinha praticamente nada. Aqui temos um staff enorme, nutricionista, psicóloga, enfim, nós temos tudo.
Conhecimento de Série C
Lucas teve experiências na Série C e, no ano passado, esteve no São José. O clube da Capital deixou escapar a vaga à Segunda Divisão na partida final diante do Brusque, em jogo marcado por polêmicas de arbitragem.
— Tenho uma bagagem, chego exclusivamente para somar e para participar de uma competição que vai ser muito difícil, uma competição que temos que ser muito consistentes e buscar os objetivos, iniciando ele com a classificação entre os oito, para a gente buscar esse acesso depois — garantiu o defensor, que ainda completou:
— O Campeonato da Série C é muito competitivo, com equipes muito qualificadas, inclusive a nossa. A gente tem que buscar ao máximo fazer o nosso dever de casa, sempre somar os três pontos em casa e buscar um ponto fora. Não podemos ficar mais de dois jogos sem somar pontos.
A estreia gera aquele frio na barriga, mas o Caxias é muito forte; essa camisa representa muita coisa.
LUCAS CUNHA
zagueiro do Caxias
Rival do Caxias em 2024, quando vestiu as cores da equipe de Santos, Lucas ainda comentou sobre as virtudes que viu no time grená.
— Mostrou que é uma equipe que soube suportar uma pressão muito forte, que era do nosso time. Muito bem estabelecido o sistema tático, que foi muito difícil para nós, mesmo com aquele empurrão da torcida nos ajudando. Jogadores como o Tomas Bastos, pisava na bola e segurava o jogo , como o Feijão, o tempo inteiro arrastando e buscando o jogo. Então, o que eu posso falar é que é uma equipe muito bem trabalhada e que sabe executar aquilo que é pedido.
O Caxias estreia na Série C no sábado diante do Athletic, no Estádio Centenário. O clube grená retorna à competição depois de nove anos.
— A estreia gera aquele frio na barriga, aquela adrenalina um pouco mais acentuada. Mas o Caxias é muito forte, essa camisa representa muita coisa. E apesar do tempo que ficou fora da competição, o clube não perdeu essa posição que ele tem. Então, eu tenho certeza que o Athletic vai vir aqui respeitando o Caxias, porque sabe da força que o clube tem — finalizou.