O Caxias ainda não conseguiu estancar o número de gols sofridos no Gauchão 2024. A defesa grená foi vazada em todas as sete partidas disputadas, sofrendo 11 gols. Mas se por um lado o sistema defensivo tem dado dores de cabeça ao técnico Gerson Gusmão, por outro, os atacantes têm sido efetivos. A equipe tem o terceiro melhor ataque da competição com 10 gols, metade deles vindo dos pés de dois centroavantes.
Mesmo fora de combate nos últimos três jogos da equipe, com dores no joelho e desconforto na coxa, Álvaro continua sendo o artilheiro da equipe com três gols. Mas nas últimas duas rodadas, a camisa 9 grená não ficou carente de um goleador. Joel Pantera assumiu a titularidade diante de Guarany e Santa Cruz, e deixou sua marca duas vezes.
— O Gerson sempre diz pra todos estarem preparados, porque nunca sabemos o que pode acontecer. Ele me deixou em alerta e o Álvaro acabou sentindo no aquecimento contra o Santa Cruz, mas eu estava focado que se atuasse 15, 45 ou 90 minutos, estaria pronto pra fazer meu melhor — apontou Joel.
Aliviado pela equipe ter voltado a vencer no Estadual depois de cinco rodadas, o centroavante revela que o grupo sabia que precisava mostrar algo mais ao torcedor.
— Entre nós atletas faltava fazer algo diferente. E às vezes uma atitude, uma vontade a mais ou uma malandragem dentro de campo. Faltava algo. E nesses dois últimos jogos conseguimos fazer. Esses três pontos são de extrema importância pra nós mudarmos a chave e buscarmos o G-4. Entramos focados pra mostrar pra eles que a gente não está aqui à toa, e sim pra honrar essa camisa, que é muito pesada — garantiu o Pantera.
Passada a pressão pela quebra de jejum, a meta dos atletas agora é melhorar o rendimento para o confronto diante do São José, na quinta-feira (15).
— Querendo ou não, essa vitória nos tira um pouco do peso e nos dá tranquilidade pra fazermos partidas melhores. Traz uma leveza pra continuarmos fazendo aquilo que mostramos nos últimos dois jogos e até mais — destacou o centroavante.
Joel ainda falou por qual razão não usou a máscara do Pantera Negra ao festejar o gol diante do Santa Cruz. Na partida anterior, quando balançou a rede contra o Guarany de Bagé, ele recebeu cartão amarelo na comemoração.
— É uma situação que, de uns anos pra cá, se tornou muito chata. Na Libertadores 2023, o John Kennedy fez o gol, comemorou com a torcida e foi expulso. Daqui a pouco a gente vai ter que fazer os gols, voltar pro meio-campo, pedir desculpas pro adversário, porque não podemos fazer mais nada. Lá no Bahrein, eu não recebia cartões por comemorar com a máscara, porém aqui no Brasil é diferente. Tenho que respeitar, mas espero poder ainda vestir ela — finalizou.