Capitão do acesso alviverde à Série A, o lateral Alan Ruschel não para de fazer história no futebol. Fora dos planos do clube no começo da Segunda Divisão, o jogador recuperou espaço e se transformou numa das peças mais importantes na conquista da vaga. Em entrevista ao Show dos Esportes, da Gaúcha Serra, Ruschel revelou o desejo de permanecer no clube em 2024.
— A vontade é grande pela história que a gente tem aqui dentro, por tudo que passei e conquistei no clube. Claro que depois de um campeonato como este que fizemos, trabalhamos com o reconhecimento profissional e pessoal, e é inevitável quando chega uma ou outra proposta ficarmos estudando. Mas meu desejo realmente é de permanecer e continuar meu trabalho aqui. Estou esperando as coisas se resolverem — apontou o lateral-esquerdo.
O crescimento de Alan na Série B coincidiu com a chegada do técnico Thiago Carpini. Logo na estreia, diante da Chapecoense, pela sétima rodada, o treinador apostou suas fichas no camisa 28.
— O começo da Série B foi o momento mais difícil. Não só pra mim que estava afastado do elenco, mas por mais que estivesse treinando em separado, eu via o semblante dos demais atletas, do Ruazinho, do Jadson, que é o pessoal que tenho mais contato. Estavam tristes com o que estava acontecendo e sabiam que tínhamos um time forte que não deveria estar ali nessa posição. Poderíamos estar brigando por coisas maiores. E depois com a chegada e o trabalho do Thiago, a gente não teve momentos difíceis. Apenas momentos não tão bons. Soubemos administrar. Vivemos intensamente o campeonato. Sabíamos que poderíamos chegar no topo — destacou Ruschel.
Sonho internacional
Com o principal objetivo da temporada alcançado, Alan revelou ter um novo sonho. Algo bem mais difícil de alcançar, afinal o Juventude só participou desta competição uma vez na história de 110 anos.
— Fizemos uma história legal, mas temos muita coisa pra escrever aqui. Meu sonho é colocar o Juventude na Libertadores. Já estamos na Série A e este é o desejo que tenho agora. Tomará que dê certo — revelou o jogador.
Não dá pra duvidar mais nada de um time que saiu da vice-lanterna e chegou ao segundo lugar da competição. E ainda teve que superar o Ceará, fora de casa, na última rodada, com um jogador a menos no segundo tempo.
— Foi um misto de sentimentos. Quando o Ruan fez o gol, eu sabia que não perderíamos o acesso. Desde aquele momento, me emocionei bastante, chorei muito porque viver o que vivi aqui dentro e chegar onde cheguei, não tinha como ser diferente. Passou muita coisa na minha cabeça. O atleta ficar fora dos treinos, não ser relacionado é muito ruim. Fazia tempo que não passava por isso na minha carreira. Nunca deixei de trabalhar. Sempre pedi a Deus resiliência pra me dar forças e coragem pra que não desanimasse, porque sabemos o quanto é difícil e, no final das contas, tive oportunidade, abracei e deu tudo certo — finalizou.