O empate em 1 a 1 contra o Tombense, neste sábado (7) deixou o Juventude, momentaneamente, na vice-liderança da Série B 2023. A equipe de Thiago Carpini teve que correr atrás do empate, após um primeiro tempo abaixo do rendimento habitual. E o comandante alviverde iniciou a coletiva pós-jogo enaltecendo o ponto conquistado em Tombos-MG.
— Poderia pontuar diversas situações pra valorizar o ponto conquistado. A logística, a temperatura, a sequência de invencibilidade, são quatro jogos sem derrota numa reta final de uma Série B tão acirrada. Dos 12 pontos conquistados, o Juventude conseguiu fazer 10. Isso é muito bom. O Tombense, pelo que joga a sua situação poderia estar melhor na tabela. Então, pra nós, valeu muito, temos que valorizar — destacou o técnico.
Mas logo na sequência, o treinador admitiu que a apresentação do time, na etapa inicial, não foi dos melhores.
— Serve também de aprendizado pra gente ser um pouco mais efetivo. Nós tivemos a posse de bola no primeiro tempo, mas com muitos erros. A nossa iniciativa de jogo foi ruim. Claro que tem a logística, a temperatura que levamos em consideração, mas pelo momento, com a competição se afunilando, estamos brigando por coisas grandes na temporada, não podemos nos dar o luxo de fazer 45 minutos tão abaixo e sofrer o gol da maneira que nós sofremos. Ajustamos no intervalo, mas que sirva de exemplo. Tivemos tantos outros bons exemplos em rodadas anteriores. Precisamos ser mais constantes durante os 90 minutos — apontou.
A arbitragem de Alisson Sidnei Furtado, do Tocantis, também rendeu críticas de Carpini. E não pela anulação do gol de Reginaldo, pelo toque no braço de Alan Ruschel. Mas por outros motivos, elencados pelo treinador.
— A arbitragem, em lances de matar a jogada, ele demorou pra ser mais enérgico. Conseguimos fazer o gol de empate. Tivemos chances de virar, assim como o Tombense teve uma bola na trave no final do jogo. Mas ele demorou muito pra acelerar a partida. Desde o início do segundo tempo, o Tombense esfriando, demorando pra repor a bola. Nessas situações, a arbitragem deveria se impor um pouco mais e não beneficiar o infrator — comentou Carpini, que ainda completou:
— Ele não deu um cartão amarelo pro Matheus Frizzo, que já estava amarelado, e deu um carrinho, num lance pra cartão. Em seguida ele deu um amarelo pro Bruno Matias. Uma jogada, também temerária, daí ele amarelou. Difícil avaliar a arbitragem, mas essas coisas acabando influenciando o resultado do jogo.
O comandante do Verdão ainda afirmou que a equipe foi treinada para ter a imposição apresentada no segundo tempo.
— Acho que da maneira que nos organizamos dentro do jogo, no primeiro tempo tivemos uma equipe que aceitou muito a marcação, muito passiva, mas o que a gente vem preparando nos treinos é essa equipe que se apresentou no segundo, com marcação mais alta; dessa maneira conseguimos uma boa pontuação e chegamos nesse momento da competição nos permitindo sonhar com a vaga no G-4. Tem muita coisa pra acontecer, mas nada definido. A pontuação que nós temos hoje não nos dá o acesso, nem o nosso sonho. Então, temos que trabalhar pra evoluirmos mais — finalizou.