O Juventude não cruzou os braços após ter se sentido prejudicado pela atuação do árbitro Léo Simão Holanda, do Ceará, na partida diante do Vila Nova-GO, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. O clube pediu à CBF que disponibilize os áudios da conversa entre o árbitro de vídeo de São Paulo, Thiago Duarte Peixoto, com o juiz cearense. Mas além disso, o presidente Fábio Pizzamiglio deve fazer uma visita pessoalmente à entidade.
Segundo apurou a reportagem do Pioneiro, os dirigentes alviverdes consideram que existiram dois lances polêmicos contra o Juventude no duelo ocorrido na segunda-feira (7). No primeiro deles, aos 15 minutos de jogo, o centroavante Fábio Gomes ganhou a dividida na bola aérea e o atacante Tite teria sido puxado pelo lateral Léo Duarte na área. Mesmo com muita reclamação, o árbitro não marcou o pênalti e nem o VAR pediu a revisão da jogada. Nesta situação, os dirigentes do Ju entendem que o lance é interpretativo, mas que penalidades já foram anotadas em situações semelhantes. O jogo estava no 0 a 0.
O momento que causou maior revolta alviverde foi numa segunda penalidade máxima não anotada, desta vez em cima de Mandaca. Aos 44 da etapa final, quando os goianos já venciam por 2 a 0, após lançamento na área, o volante do Ju foi tocado no rosto pelo zagueiro Rafael Donato. Mas, outra vez, o árbitro mandou seguir, causando muita revolta no estádio.
O Juventude não discute o primeiro gol do Vila Nova, marcado por Danilo Boza, contra, porque o clube entende que a bola ultrapassou a linha do gol de Thiago Couto. Mesmo não havendo um ângulo que pudesse dirimir a dúvida, o movimento do goleiro ao tentar salvar a jogada, colocando os braços depois da linha do gol, deixou claro para os dirigentes que a bola havia entrado.
E nem mesmo a expulsão do técnico Thiago Carpini é questionada pelo clube. O treinador apenas reclamou que o árbitro brincou ao dizer que por ser do Ceará ainda não havia "esquentado" no jogo e disse ser algo "inadmissível e desrespeitoso".
Para não fazer alardes, mas também não deixar o episódio passar batido, o Verdão planeja uma visita à CBF na próxima semana. A tendência é de que o presidente Fábio Pizzamiglio ou vice Paulo Stumpf compareçam à entidade para ouvir do presidente da Comissão de Arbitragem, Wilson Luiz Seneme, esclarecimentos e o porquê o VAR não chamou o árbitro Léo Simão Holanda para a checagem dos lances.
Desta forma, o clube entende que está agindo dentro das normas e não deixará de mostrar representação política junto à entidade máxima do futebol brasileiro, para que episódios como este não se repitam.