Ainda restam 12 pontos em disputa na primeira fase da Série D do Brasileirão. O Caxias pode abrir oito do primeiro fora do G-4, o Concórdia. Mas, primeiro, o Grená tem que fazer um resultado positivo no domingo (2), às 15h, contra o Brasil de Pelotas. O jogo no Bento Freitas será o segundo do técnico Gerson Gusmão no comando técnico.
Na rodada anterior, o Caxias venceu o Novo Hamburgo sem dificuldades e já foi possível ver o dedo do treinador no desenho tático grená, com uma linha de quatro defensiva bem organizada, um time vertical com a bola e os atacantes marcando pressão na saída do adversário. Em entrevista ao programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha Serra, o treinador deixou os méritos dos três pontos da estreia para os jogadores e revelou como buscou trabalhar em pouco tempo.
— Passamos algumas ideias e algumas coisas que eles já vinham fazendo. Não tinha como mudar radicalmente. Pegamos aquilo que tem de bom e colocamos algumas ideias que podiam ser assimiladas rapidamente. Algo direto e simplificado para os atletas executarem dentro de campo. Precisávamos da vitória, até pela carga que percebemos de cobrança. O torcedor exige que o clube esteja na frente e não pode ser diferente. O Caxias não é um clube de Série D — declarou o Gusmão, que projeta mais evolução após uma semana cheia para trabalhar:
— Esta semana conseguimos fazer uma ênfase na parte tática, principalmente em cima da competição. Você tem que se moldar à competição que está e ao perfil do grupo. Por exemplo, contra o Brasil, será um jogo extremamente físico. Não adianta ir lá só querendo jogar com a bola no pé que vamos ter dificuldade. Quando tiver que se competir, vamos ter que ser agressivos também para ter sucesso no Bento Freitas.
No primeiro confronto entre as equipes, o Caxias venceu por 2 a 1, no Estádio Centenário. Após o jogo, o técnico Rogério Zimmermann chegou a dizer que o Brasil massacrou no segundo tempo. Foi uma resposta aos críticos que muito falavam do seu modelo mais reativo e que o grená iria propor a partida. Agora, Zimmermann não tem escolha. Ele precisa atacar, pois o Brasil está fora do G-4. Além do jogo mais físico, Gusmão também pede atenção com a transição xavante.
— O Rogério tem uma maneira bem clara de jogar. As equipes dele competem muito, sabem se retrair e explorar as transições ofensivas. Nós temos que ter os cuidados defensivos. Você tem que se preocupar com todas as fases do jogo. O Brasil é uma equipe com jogo físico pesado e com Rogério uma transição bem rápida — declarou o treinador.
O TIME
A delegação grená viajou para Pelotas na sexta-feira. Neste sábado (1º), o último treino será realizado no Parque Lobão. A diferença para o líder, o Hercílio Luz, é de quatro pontos no Grupo A-8.
O técnico Gerson Gusmão não contará com o volante Marlon suspenso pelo terceiro amarelo. Pedro Cuiabá deve ser o escolhido para a vaga. Peninha volta a ficar à disposição após lesão na posterior da coxa, mas Galvan pode seguir com a 10. Sem Jonathan e Dudu Mandai, Adriel segue improvisado na lateral esquerda. O provável time tem: André Lucas; Marcelo, Dirceu, Fernando e Adriel; Pedro Cuiabá, Elyeser e Galvan; Marcelinho, Joãozinho e Eron.