A direção do Juventude aposta que a solução dos problemas da equipe, 19ª colocada na Série B, possa estar no comando técnico. E pela terceira vez na temporada, um novo treinador estará na casamata do Alfredo Jaconi. Novo também no RG. Aos 38 anos, Thiago Carpini chega para fazer aquilo que Celso Roth, 65, e Pintado, 57, não conseguiram: devolver a alegria para o torcedor alviverde.
A série de fracassos na temporada, no Gauchão e na Copa do Brasil, e a arrancada desastrosa na Segunda Divisão nacional, com uma vitória e cinco derrotas, fazem com que caia no colo de Carpini a responsabilidade de fazer o grupo de atletas melhorar o rendimento em campo.
— O grupo, com certeza, está incomodado com isso, mas nós vamos sim conseguir nossos objetivos. Não pela minha chegada, porque coisas boas que foram feitas, a gente tem que aproveitar e dar sequência. Aquilo que a gente pensa de maneira diferente vai ajustar. Mas a resposta é por conta da capacidade do grupo de atletas. Eles ganharam mais um cara aqui que vai correr junto — destacou o jovem treinador.
Para recuperar a imagem dos atletas, Carpini pretende iniciar os trabalhos não apenas pelas questões táticas ou técnicas que fazem parte do dia a dia dos trabalhos dentro do futebol. A ideia do treinador é encontrar, em cada um, os motivos que fazem com que a maioria dos jogadores não consiga desempenhar no Juventude, o bom futebol apresentado em outros clubes.
— O futebol requer muito disso. A gestão de pessoas, de entender a individualidade de cada ser humano, de cada atleta, porque os dois andam juntos. A gente tem que saber de que maneira extrair o melhor de cada um deles. Se faltassem seis rodadas para o fim da competição, a régua seria diferente. Não que esteja bom, se não eu não estaria aqui. Mas eu acredito que o final é mais importante do que o início. Tem uma construção, tem uma caminhada a ser seguida. E estes momentos te fortalecem pro momento bom que vai acontecer — destacou Thiago.
No início da competição nacional, direção, comissão técnica e jogadores do Juventude acreditavam muito que o time brigaria por uma das quatro vagas à Primeira Divisão. No entanto, o que se viu em campo até aqui foi um rendimento muito abaixo do esperado e a realidade hoje é a briga contra o rebaixamento, e mais trabalho para o novo treinador
— Não dá pra se falar de acesso no momento como esse, como eu também não vou falar de rebaixamento. A grandeza do Juventude e a capacidade deste elenco, com o respaldo que já percebi que vou ter aqui e com o apoio de todos, acredito que a gente tem que falar de um campeonato de recuperação jogo a jogo.