A tarde desta quarta-feira (10) foi de mais uma apresentação no Estádio Alfredo Jaconi. O atacante Felipe Pires, 27 anos, chega do ADO Den Haag, da Holanda, e é um dos sete reforços anunciados pelo Juventude para a sequência do Brasileirão.
O novo contratado já fez a sua estreia com a camisa alviverde e prospectou a sequência do clube no Campeonato Brasileiro. Felipe entrou no segundo tempo da partida contra o América-MG, na derrota do Ju por 1 a 0 no Estádio Alfredo Jaconi, no último sábado. Até então, o atacante não jogava desde o final de maio, na eliminação do ADO Den Haag nos playoffs da segunda divisão do Campeonato Holandês.
— Estou me sentindo muito bem. Fazia muito tempo que eu não jogava. Até o Umberto falou para eu ir um pouco devagar para não ter risco de lesão. Agora estou me sentindo muito bem e se o professor precisar para o jogo contra o Cuiabá, estou pronto. A expectativa do grupo é se manter na Série A. Felizmente só depende de nós ainda. Nós vamos lutar até o último minuto. Enquanto tiver 1%, a gente vai estar lutando. É difícil, mas vamos pensar jogo a jogo — afirmou Felipe Pires.
O atacante tem vasta experiência no futebol europeu, onde atuou em clubes da Áustria, Alemanha, Croácia, Portugal, Ucrânia e Holanda. A partir dessa bagagem, Felipe Pires cita as diferenças nas características do futebol europeu para o brasileiro e o que carrega de aprendizado em seu retorno:
— As diferenças são táticas. Os europeus são muito disciplinados, principalmente em Portugal, porque o campeonato lá é nivelado por baixo. Tirando os quatro clubes grandes, o resto é nivelado. O que eu trago de lá para cá é essa experiência tática que adquiri e tento pôr em prática aqui. É verdade que eu joguei apenas 15 minutos. Foi naquele jogo em que estávamos perdendo, então não importava muito taticamente.
PRESSIONADO
Felipe Pires, assim como os demais reforços que chegaram recentemente ao Estádio Alfredo Jaconi, estão tendo que lidar com a pressão da lanterna do Brasileirão e a corrida contra o tempo, uma vez que a competição já se encaminha para a 22ª rodada. Em sua apresentação, o novo atacante alviverde relatou o que já foi conversado com o técnico Umberto Louzer sobre a necessidade eminente de vitória e avaliou o elenco do Juventude:
— O professor me pediu para ficar, o mais rápido possível, bem fisicamente. Infelizmente estamos em uma situação onde não tem como esperar. Então, é ficar bem o mais rápido possível para sair dessa situação. Temos um grupo muito bom. Conheço muitos jogadores que já joguei com e contra, e acho que esse grupo não merece estar nessa situação. A gente pode falar que é falta de sorte. Pode ser, mas futebol não é só sorte. Temos que trabalhar.
No Brasil, Felipe Pires vestiu a camisa de clubes como Palmeiras e Fortaleza. Em seu retorno ao futebol brasileiro, o atacante reiterou o equilíbrio que há na Série A:
— O Brasileirão é, talvez, o campeonato mais equilibrado do mundo. É muito difícil. Por isso, é pensar jogo a jogo, é um campeonato muito difícil. A gente esperava ganhar do América-MG aqui em casa e não foi o que aconteceu. Agora, vamos jogar em Cuiabá e ninguém espera que vamos ganhar, mas podemos sair com os três pontos que, agora, é o que mais importa para nós. Não só um, mas três.
Um dos problemas que vem pesando na má campanha do Juventude no Brasileirão é a dificuldade ofensiva. A partir desse problema, Felipe Pires elenca suas virtudes para auxiliar a equipe no ataque e marcar mais gols na competição:
— Minha característica é a velocidade e usar sempre o um contra um. É o que eu mais gosto de fazer. Ficar aberto, buscar o um contra um, cavar uma falta, um pênalti. Vim aqui para somar. Para o que o professor Umberto precisar, eu vou ajudar — concluiu