O Juventude apresentou, na tarde desta terça-feira (9), mais um dos sete nomes contratados nesta janela de transferências. O zagueiro Renato Chaves, 32 anos, chega do Al-Batin, da Arábia Saudita, e já está à disposição do técnico Umberto Louzer para a sequência da Série A do Campeonato Brasileiro.
Em sua primeira entrevista, o novo zagueiro alviverde falou sobre os motivos que o trouxeram ao Juventude, além da adaptação em seu retorno ao Brasil após três temporadas no futebol árabe. Apesar de já ter disputado 31 partidas em 2022, Renato Chaves não entra em campo desde o dia 27 de junho, na última rodada do campeonato saudita. Contudo, o atleta garante que está apto fisicamente para fazer sua estreia com a camisa alviverde.
— Eu já imaginava minha volta ao futebol do Brasil por estar há muito tempo na Arábia. Minha adaptação está excelente. Já deu tempo de conhecer a galera. Temos muito trabalho a fazer. Quando a gente vai ficando mais velho, a gente quer se testar. Temos um desafio grande, com totais condições de superar e conquistar os objetivos. Eu vinha de férias, mas não tenho muito problema com isso. Em 10 dias consigo pegar ritmo e já estar pronto para jogar — avaliou.
Por três temporadas, Renato Chaves compôs a defesa titular do Fluminense (2016, 2017 e 2018), tendo atuado junto com o zagueiro Ygor Nogueira - outro recém-contratado - e o volante Jadson. A partir de sua experiência na Série A, o jogador elencou fatores que podem ajudar o Juventude a sair da situação alarmante em que se encontra na competição.
— O Campeonato Brasileiro é muito competitivo. A gente não pode cravar nenhum resultado, isso é uma experiência que a gente tem. Pode ganhar de times que estão invictos e de times que estão na parte de cima da tabela. É só esperar nossa oportunidade, nosso primeiro passo para a gente começar a mudar nossa energia. Esquecer matemática, estatística, números. Isso é um detalhe muito pequeno no futebol. A gente tem que pensar jogo a jogo e dia a dia — avaliou Chaves, que complementa falando sobre aspectos psicológicos que os jogadores devem adotar dentro de campo:
— Precisamos ter resiliência, paciência. Vai ser difícil. Tem que acreditar. A gente tem chance de sair. Tem muito jogo e muita coisa para acontecer. É ter confiança, coragem pra jogar. Os próximos jogos vão ser muito mais psicológicos do que físicos. Se você não tiver uma cabeça boa, não adianta você ser o mais preparado do mundo, você não vai conseguir jogar. É passar essa confiança para a molecada mais nova. É estar junto para que a gente consiga ser sólido nos próximos jogos, que serão muito importantes para nossa caminhada para sair da zona de rebaixamento.
Com a chegada de Renato Chaves e Nogueira, o técnico Umberto Louzer pode começar a escalar o Juventude com um sistema de três zagueiros, algo que já era um desejo do treinador há algumas rodadas. Chaves revelou que está acostumado com essa composição de jogo e como se sente atuando nela:
— No meu último clube, na Arábia, a gente jogava com três zagueiros. No Fluminense, quando eu joguei com o Abel Braga, eram três zagueiros também. Então, é uma formação que estou bem acostumado. Tanto na linha de três, quatro ou cinco, consigo entender bem a função e a formação de jogo. Não faz diferença pra mim — finalizou.