O Juventude está num patamar de Série A do Brasileirão desde a temporada passada. Com isso, o clube deu um salto no seu orçamento anual, o que possibilita um investimento maior no futebol e, principalmente, pagar dívidas. A direção alviverde planeja a continuidade na elite nacional nos próximos anos para conseguir zerar definitivamente o passivo financeiro do clube.
Nesta ascensão financeira, em 2021, o Juventude teve uma queda de R$ 15,2 milhões nas suas dívidas. A curto prazo, o passivo a ser pago é de R$ 6 milhões. Já num período mais longo, há ainda uma dívida de tributos de R$ 18 milhões, que está parcelada, e a recompra de parte do Centro de Treinamentos no valor próximo a R$ 9 milhões, e que também é parcelada. Números que poderão ser zerados com a continuidade na Série A do Brasileirão.
— O Juventude ainda não está zerado, mas estamos atentos para nesse ano, quem sabe, dar mais um passo nesta direção. Se permanecer mais duas ou três temporadas na Série A, o Juventude zera suas dívidas. Então, é um trabalho difícil. É uma linha tênue para saber o que vamos investir no futebol e o que destinar para dívidas, além dos investimentos na modernização do clube — comentou o presidente Walter Dal Zotto Jr, em entrevista ao programa Show dos Esportes na Rádio Gaúcha Serra.
O orçamento para 2022 pode ultrapassar a casa dos R$ 80 milhões (na Série B era R$ 30 milhões). Com esse patamar financeiro melhorado, por conta da permanência na Série A, possibilita um investimento maior no futebol. Em 2021, o Ju tinha uma folha salarial de R$ 1,5 milhões. Agora, já ultrapassa R$ 2 milhões.
Além disso, o clube investe em melhorias na sua estrutura. O Juventude projeta obras no Centro de Treinamentos. Além de um quinto campo, que será construído, a ideia é estruturar vestiários para apresentação de atletas e comissão em dias de treinos. O objetivo é que, a partir de julho, os profissionais do clube tenham essa condição.
Além da estrutura de vestiário para atletas e comissão, a ideia também é levar, a longo prazo, a fisioterapia e lavanderia para o local, além da construção de uma piscina de recuperação e academia na área. Próximo ao ginásio, já estão sendo feitas melhorias no calçamento. Ao lado dos campos de cima do CT, existe o projeto de iniciar obra para a base se apresentar lá também.
— Quem vai ao estádio e vê o que fazemos e o que vamos fazer no CT, fica satisfeito. É um orgulho para o torcedor. É uma evolução grande. A estrutura do clube está acompanhando o crescimento em campo — mencionou o presidente alviverde
Se permanecer mais duas ou três temporadas na Série A, o Juventude zera suas dívidas.
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Sócios
Uma receita importante para o Juventude é oriunda do sócios. O clube alcançou a marca de 6.950 sócios-torcedores. A direção tem objetivo de 10 mil sócios, e aposta que ainda há potencial de crescimento. A meta é expandir a torcida. O clube trabalha com um número, de anos anteriores, de 400 mil torcedores do Verdão.
— O nosso entendimento é muito aquém para um clube que almeja permanecer na Primeira Divisão. Eu lembro de conversas com pessoas que participaram da outra passagem do Juventude na Série A, quando chegamos a 13 mil sócios. Então, é possível perseguirmos a meta de 10 mil. Não é alto para o nível de Caxias do Sul. Os valores estão congelados há algum tempo. É muito mais barato ser sócio, além das vantagens que o clube possibilita — disse Waltinho, que finalizou:
— A permanência na Série A tem como alicerce vários detalhes. Se nós tivermos o êxito do apoio do torcedor, o fato Jaconi é fundamental. No ano passado, conquistamos maior parte dos pontos em casa. A permanência passa pelo Jaconi.